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Diego Martins já encarou as audições do X Factor Brasil, participou do Canta Comigo e venceu a primeira edição do Queen Stars Brasil, mas nada se compara à repercussão e ao sucesso que fez com Kelvin, o dançarino divertido e cheio de personalidade de “Terra e Paixão”. A novela das 9 da Globo chega ao fim nesta sexta-feira (19) na expectativa pelo desfecho do romance do bailarino com Ramiro (Amaury Lorenzo).

Feliz com o engajamento dos fãs ao longo da trama de Walcyr Carrasco, Martins acredita que o amor dos dois moradores de Nova Primavera tido como impossível transcendeu barreiras. Em entrevista ao GAY BLOG BR, ele explica o quanto os dois mudaram com essa união e o quanto merecem terminar juntos neste último capítulo.

Diego Martins - Foto: Reprodução/ @lennonsilv
Diego Martins – Foto: Reprodução/ @lennonsilv

Além disso, o ator de 26 anos celebra a parceria com Amaury Lorenzo, relembra a emoção do primeiro beijo de Kelmiro (o nome dado ao ship do casal nas redes sociais) e a exposição de sua carreira. Confira:

O Kelvin abandonou o sonho de ir embora e virar cantor por Ramiro. Como você vê essas decisões dele pautadas pelo peão?

- BKDR -
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Eu vejo que essas decisões do Kelvin não foram simplesmente pautadas no Ramiro, e sim no amor. Vejo ele como extremamente bem resolvido com quem é, com as batalhas que vive, mas também como alguém muito solitário, que se machucou, se defendeu e que se esqueceu que pode amar e ser amado na vida. E que esse amor pode ser leve, tranquilo, feliz, ele viu ali a oportunidade de ter um amor. A vida dos dois sempre foi muito conturbada, do Ramiro nem se fala (risos), e vemos que quando estão juntos é algo tranquilo, vemos leveza, felicidade e nisso que ele se apegou, que teria mais desses momentos.

A troca com o Amaury é o que ajuda na composição das cenas? Como se preparou o romance do personagem?

A troca com o Amaury é o que faz ser Kelvin e Ramiro, serem eles, foi um casamento, um encontro de almas no lugar certo. Eu não tenho a menor ideia do que seria se fosse outro ator fazendo Ramiro ou outro atuando como Kelvin. Com ele, é tudo muito fácil, a gente faz a cena de forma fácil, seja leve ou de drama. Independente do gênero de cena, a gente faz fácil, sai fácil, e teve uma preparação rápida que foi essencial para descobrir um ao outro. O romance deles foi surgindo ao longo da novela, acontecendo, a gente foi vivendo junto com os personagens e é o que torna mais especial. Tornou tudo mais real, mais genuíno, então a gente não pensava, só fazia.

Do lado de fora, há muita torcida para que Kelvin e Ramiro terminem juntos. O que você espera? Tá na torcida também?

Acho que a maior torcida é e a minha maior torcida é para acabarem juntos. Eles sofreram muito durante a novela. O Ramiro teve um arco de redenção sofrido para provar de fato que ele podia se tornar alguém melhor e o Kelvin sofreu muito por estar ao lado dele, por escolher de estar ao lado de alguém que errou tanto. Então acho que eles merecem um final feliz e tranquilo.

Há poucos beijos gays exibidos na TV brasileira ainda e sempre é um marco quando acontece. Como você lidou com o beijo de Kelmiro e avalia da cena, como um todo?

O beijo foi a coisa mais linda do mundo. O beijo, além de ser icônico, foi muito esperado por ser de duas pessoas que se amam, não sei se as pessoas estavam pensando isso de ‘ah, é um beijo gay’. Não, é um beijo de amor, de duas pessoas que se amam e que querem se amar. Muito feliz com a repercussão desse beijo, porque é representativo, que me representa também, pela primeira vez eu vejo na TV um tipo de beijo que é o meu tipo, o da minha vida, que representa meus amores, meus relacionamentos e de tanta gente.

Estrelas de 'Terra e Paixão', Diego Martins e Amaury Lorenzo, serão os reis da Parada LGBTQIAPN+ de Madureira - Reprodução
Estrelas de ‘Terra e Paixão’, Diego Martins e Amaury Lorenzo – Reprodução

Fora as gravações da novela, como tem sido sua vida? Tem vontade de fazer outros projetos com personagens LGBTQIA+?

Estou em uma rotina extremamente corrida, até digo que estou casado com a novela. Agora que vai acabar, tenho outros projetos que vão exigir muito de mim, físico e mental, e como a novela vai exigir um trabalho árduo. Eu fico desesperado quando acho que estou fazendo nada, ou que estou fazendo pouco. Sempre quero estar fazendo mais! Desde criança, eu sou aquele tipo de pessoa em trabalho em grupo que pega o cartaz, faz a pesquisa, coloca o nome de todo mundo… (risos) Sempre gostei de fazer tudo. No teatro, quando comecei, foi a mesma coisa, sempre gostava de fazer tudo: atuava, ensaiava, sempre gostei de tudo ao mesmo tempo. Estar muito ocupado é muito pra nossa cabeça, mas é o que eu gosto muito. Independente de ser personagens LGBTQIA+, também quero me ver dando continuidade a outros trabalhos, tenho vontade de atuar em qualquer outro gênero e me sinto preparado para fazer qualquer tipo de personagem.

Como lida com a exposição nas redes sociais? Tem recebido nudes de fãs? Como lida com isso e a ultra exposição?

Lido bem com a exposição, mas claro que ela aumentou muito do começo da novela para agora: passei de 170 mil para 1,5 milhão de seguidores no Instagram. Mesmo sendo a internet, tem o lance de estar na novela das 9: a TV, de fato, ainda mais manda no Brasil, e vi isso estando em uma novela na maior emissora do país. Eu acho que lido bem com esse tipo de exposição. Às vezes, entra na nossa cabeça, de maneira ruim, algum hate, algum tipo de comentário que a gente não quer ver, algum tipo de cobrança que as pessoas fazem. E de repente você está lá respondendo e pensa: ‘Não, espera, eu não preciso disso, eu tenho que responder minha família e meus amigos, mas responder alguém que nem conheço? Responder de coisas que eles nem me conhecem?’. Então, é  difícil separar o que é saudável do que não é. Vai ser da experiência mesmo. Você dar a cara a tapa, levar, mas aí você recebe carinho às vezes. No fim, tudo vale a pena pra aprender a lidar com exposição.

Diego Martins - Foto: Reprodução/ @lennonsilv
Diego Martins – Foto: Reprodução/ @lennonsilv



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