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Paulette nos deixou muito cedo, mais precisamente no ano de 1993. Paulo César Bacellar era paulista, mas tinha a “alma” de um carioca. Se consagrou em diversas artes pelo seu jeito de dançar, atuar e, sobretudo, por seu humor.

Paulette - Crédito: Reprodução
Paulette – Crédito: Reprodução

Na dança, ganhou projeção no lendário grupo teatral brasileiro Dzi Croquettes, que nos anos de 1970, conquistou fama e sucesso – não só no Brasil, mas também no exterior, abusando da irreverência e ousadia em plena Ditadura Militar. Os integrantes esbanjavam androginia e o humor era destaque em seus espetáculos, alinhando a contracultura à criação coletiva e ao teatro vivencial, fazendo da homossexualidade uma bandeira de afirmação de direitos.

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Paulette – Crédito: Reprodução

Após o fim do Dzi, Paulette foi para a TV e atuou em  novelas da TV Globo, como Um Sonho a Mais, Bebê a Bordo, Transas e Caretas, Baila Comigo e Dancin’ Days, protagonizando a icônica cena em que ele dança livremente numa discoteca com a diva Sônia Braga. Seu último trabalho na televisão foi a novela “De Corpo e Alma”.

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Paulette e Sônia Braga – Crédito: Reprodução

O humor era uma herança dos tempos de Dzi Croquetes, e por isso também atuou em programas humorísticos como Viva o Gordo, Chico Anysio Show e Escolinha do Professor Raimundo.

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Paulette – Crédito: Reprodução

Com Chico Anysio, protagonizou um dos quadros mais engraçados do programa: Haroldo – O Hétero, em que popularizou o bordão “volta pro reduto, Luana”, já que Haroldo era um gay afeminados que não saia do armário e fingia ser um hétero pegador.

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Paulette – Crédito: Reprodução

Em uma das esquetes, Paulette, no papel da amiga Leon comenta que uma vacina está a caminho e que Haroldo poderá sair do casulo, uma alusão a epidemia da AIDS nos anos oitenta, em que Haroldo responde “ela veio para ficar!”, abordando um assunto sério de forma leve.

Paulette também participou de um especial da Xuxa e números de dança que eram exibidos no “Fantástico” em formato de videoclipe. No cinema, fez uma participação no filme Rio Babilônia (1982), em que dança e canta a música Valsa de uma Cidade.

Paulette nos deixou em 30 de julho 1993, aos 41 anos, logo após ter feito a novela De Corpo e Alma, vítima de uma broncopneumonia e de um coma diabético, em decorrência da AIDS. Sua figura marcante estampou o cartaz do documentário Dzi Croquetes.

Paulette – Crédito: Reprodução



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