Em Fortaleza, a intervenção artística “Clínica de Reabilitação para Homofóbicos” vem chamando atenção ao ocupar espaços públicos com uma proposta educativa. Os artistas Eduardo Bruno e Waldírio Castro lideram a performance, que busca conscientizar o público sobre os impactos da homofobia estrutural, usando de métodos interativos. As informações são do portal Diário do Nordeste.

Como funciona a intervenção
A performance inclui a distribuição de panfletos e a utilização de faixas e caixas de som para enviar mensagens que questionam ideias comuns sobre a homofobia. Iniciada em 2019 após uma censura artística, a intervenção tem percorrido diversos bairros da cidade, como Messejana e Feira do Álvaro Weyne, além de já ter sido apresentada no Crato e outras áreas de Fortaleza.
Os artistas utilizam a simulação de uma “clínica” onde a homofobia que é considerada uma condição a ser “curada“. A intervenção incentiva o público a pensar sobre as normas de gênero e sexualidade que frequentemente apoiam comportamentos discriminatórios na sociedade. “Se a gente leva em consideração que a homossexualidade foi despatologizada apenas em 1991, a gente está tratando de um debate bastante recente”, disse Waldírio.
“Fabular uma clínica de reabilitação para homofóbicos e fazer isso por meio de uma intervenção na Cidade é uma oportunidade de convidar todo mundo a refletir criticamente sobre essa lente de mundo cis-hetero-masculina que reproduz discursos machistas, homofóbicos, sexistas”, completou.

A “Clínica de Reabilitação para Homofóbicos” realiza suas performances em locais estratégicos, buscando alcançar uma ampla diversidade de público. “A ideia era tentar articular que diversos públicos tivessem acesso a esse debate, até porque a questão da homofobia não está direcionada para um único público. Se ela é uma questão sistêmica e social, ela está direcionada para diferentes públicos e a sociedade como um todo precisa se implicar nisso”, explicou Eduardo.
A primeira apresentação ocorreu na segunda-feira (21) e a próxima está agendada para esta quinta-feira (31), na Avenida Beira-Mar, na altura da Praia de Iracema, entre às 18 e 19 horas. Segundo Eduardo, a performance tem a intenção de “interferir nessa paisagem urbana em diferentes horários e com diferentes públicos que também têm diferença de formação escolar, experiência de vida, visões de mundo”.
‘Clínica de Reabilitação para Homofóbicos’ também é on-line
Além do impacto local, a intervenção se estende ao ambiente digital, no qual os participantes são incentivados a continuar a discussão pelo WhatsApp: “Elas [as pessoas que entram em contato] recebem uma mensagem automática primeiramente com uma pasta em que a gente separou diversos arquivos com materiais educativos acerca das problemáticas da homofobia”, diz Waldírio.
Para o Diário do Nordeste, Eduardo mencionou que é comum receber mensagens que ecoam os tipos de abusos verbais encontrados nas ruas durante suas intervenções. Recentemente, eles também começaram a receber mensagens contendo símbolos associados ao nazismo e neonazismo.

Serviço
Performance Clínica de Reabilitação para Homofóbicos
Quando: dias 21 e 31 de outubro, de 18 às 19 horas
Onde: dia 21 na Praça das Artes, na Maraponga (já ocorreu) e dia 31 na Avenida Beira-Mar, na Praia de Iracema
Gratuito.
Mais informações: @imaginarios_arte
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