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A Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB na sigla em inglês) anunciou o desligamento do Padre Jeffrey Burrill, do estado do Winsconsin, após revelações de que ele utilizava regularmente o aplicativo Grindr desde 2018. As informações são do Washington Post.

As críticas envolvendo o uso do aplicativo incluem quebra do celibato, além de que para a igreja católica, a homossexualidade ainda é vista como pecado. Burrill também foi visto em uma sauna gay durante uma viagem à Los Angeles, além de ser frequentador de bares gays.

O porta voz da USCCB, Chieko Noguchi, esclareceu que a decisão de saiu foi do próprio Burrill após todas as alegações de “comportamento inapropriado” descoberto pelo canal de notícias católica, Pillar.

“A Conferência pega todas as alegações de má conduta serialmente e vai seguir todos os passos apropriados”.

O canal Pillar informou que obteve as informações do Grindr dos próprios usuários do aplicativo que fizeram a denúncia, e contrataram uma firma independente para autenticá-la.

Padre renuncia cargo após ser encontrado em sauna gay
Reprodução

Padre chama repórteres da Globo de “v1ad1nh0s” e que afeto é “ridículo”

Aqui no Brasil, o padre Paulo Antônio Müller, da Paróquia de Tapurah, no Mato Grosso, ofendeu o repórter da Globo Pedro Figueiredo e seu marido, Erick Rianelli, chamando ambos de “viadinhos”. O caso ocorreu porque no dia 12 de junho de 2020, Erick desejou feliz Dia dos Namorados ao marido durante o encerramento do RJTV, sendo que este vídeo viralizou novamente este ano.

“Pega a Bíblia e olha o Livro Gênesis: Deus criou o homem e a mulher. Isso que é casamento. Que chame a união de dois vi@dos e de duas lésbicas de qualquer coisa, mas não de casamento, por favor. Isso é falta de respeito para com Deus (sic). Isso é sacrilégio, é blasfêmia. Casamento é coisa bonita e digna. O sentimento do amor é entre homem e mulher, marido e mulher”, disse o padre.

O religioso também disse que o afeto do casal é “ridículo” e aconselhou aos fiéis: “Por favor, que esta não seja a sua cabecinha também, tá? Nem do seu filho, nem da sua filha”.

Sem citar o nome do religioso, Pedro Figueiredo lembrou da homenagem em um post de seu Instagram, e disse que desta vez foi acompanhada por “mensagens de ódio”: “Temos um profundo respeito por todas as religiões. Acreditamos no afeto e em seu poder de transformação. A Oração de São Francisco diz: ‘Onde houver ódio, que eu leve o amor’. É assim que vamos seguir em frente. Obrigado a todas as mensagens de carinho que temos recebido”.

Já o Ministério Público do Estado do Mato Grosso emitiu uma nota dizendo que vai investigar as declarações de Müller: “O Ministério Público Estadual, por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos e Diversidades, repudia qualquer tipo de discurso de ódio. Reitera que as declarações efetuadas pelo padre extrapolaram a liberdade religiosa e que podem até mesmo resultar na propositura de medidas extrajudiciais, de ação civil pública por dano moral coletivo causado à sociedade, bem como ação penal, por eventual crime cometido” 

Após a repercussão negativa, a Paróquia Nossa Senhora de Aparecida decidiu retirar do ar a gravação da missa divulgada no Facebook.




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Jornalista formado pela PUC do Rio de Janeiro, dedicou sua vida a falar sobre cultura nerd/geek. Gay desde que se entende por gente, sempre teve desejo de trabalhar com o público LGBT+ e crê que a informação é a a melhor arma contra qualquer tipo de "fobia"