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A queda no número de testes de HIV desde o início da pandemia acendeu um alerta entre especialistas e organizações de saúde. Levantamentos apontam que as testagens recuaram 22% em relação ao período anterior à covid-19, cenário que pode comprometer metas de longo prazo para contenção da epidemia. A redução ocorreu após parte dos recursos e equipes destinadas ao HIV ter sido direcionada ao enfrentamento do coronavírus.

Mesmo com esse retrocesso, indicadores globais mostram avanços importantes na última década. Desde 2010, as novas infecções por HIV diminuíram mais de 31% no mundo, e mais de 28 milhões das 37,7 milhões de pessoas que vivem com o vírus fazem uso de terapia antirretroviral. O tratamento contribui tanto para a saúde individual quanto para a prevenção de novas transmissões.

Expansão de autotestes e novas tecnologias fortalecem diagnóstico do HIV pós-pandemia
Expansão de autotestes e novas tecnologias fortalecem diagnóstico do HIV pós-pandemia (Foto: reprodução/Freepik)

Os objetivos definidos pelo UNAIDS para 2030 seguem como referência internacional. A meta estabelece que 95% das pessoas soropositivas devem ser diagnosticadas, 95% das diagnosticadas precisam receber tratamento e 95% das tratadas devem alcançar supressão viral. No entanto, estima-se que 16% dos infectados ainda desconheçam sua condição, o que reforça a necessidade de ampliar a testagem.

A expansão do acesso a autotestes aparece como uma das principais estratégias para reverter o cenário. Kits rápidos, de uso domiciliar e com maior disponibilidade podem facilitar o diagnóstico em grupos mais vulneráveis ou distantes de serviços de saúde, contribuindo para o cumprimento das metas globais.

Na área diagnóstica, novas tecnologias continuam sendo desenvolvidas. Desde os anos 1980, quando lançou o primeiro teste de HIV nos Estados Unidos, a Abbott vem acompanhando a evolução do vírus e criando ferramentas para detecção e monitoramento. Atualmente, mais de 20 testes são utilizados em diferentes contextos, de laboratórios centrais a unidades de atendimento.

Além da produção de exames, a empresa mantém uma rede de vigilância voltada ao rastreamento genético do HIV. Entre os achados recentes estão a identificação de uma nova cepa do subgrupo M, o subtipo L, e a observação de um número relevante de controladores de elite na República Democrática do Congo, pessoas que mantêm o vírus sob controle sem terapia antirretroviral.

Apesar dos avanços tecnológicos e científicos, o desafio permanece: ampliar o acesso à testagem e ao tratamento, com ações que ultrapassem os limites dos serviços tradicionais de saúde e alcancem populações-chave.




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