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Lorna Washington é uma das artistas mais consagradas da noite LGBT+ do Rio de Janeiro. Com décadas de carreira, a trajetória de Lorna rendeu recentemente um documentário cinematográfico. Inteligente, ela fala sobre os mais diversos assuntos com propriedade, de quem tem muita história para contar (dentro e fora dos palcos). Criada em Copacabana, viu nascer – e também “morrer” – diversas casas noturnas voltadas para o público gay nos anos oitenta, mas ela nunca saiu de cena e continua mostrando todo seu talento e versatilidade para um público que a acompanha há décadas.

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Reprodução: Lorna Washington

Você é uma transformista veterana com décadas de carreira. Você acha que a arte transformista já viveu dias melhores, traçando um paralelo entre passado e presente?

Sim, nós já vivemos dias melhores. Nós já tivemos, no Rio, várias casas noturnas: no centro da cidade, na zona norte, na zona sul, tinha-se muito trabalho. Saía de uma casa para outra para fazer show. Hoje em dia, nós temos no máximo uma sauna pra fazer; que são poucas, muito poucas. Tem 3 saunas aqui no Rio que ainda estão fazendo espetáculos, mas isso quando você consegue fazer, pois é uma panelinha muito fechada, é muito restrito, são sempre as mesmas. Antigamente não, você tinha as casas noturnas, boates, os teatros. Fazia-se muito teatro também. Então, hoje em dia, eu sempre digo que sempre houve uma média e de uns tempos pra cá. Essa média caiu e ficou tudo muito medíocre. Essa semana mesmo que passou, abriu uma casa noturna e foi fechada no dia seguinte. Abriu na quinta-feira e na sexta já fecharam, aí vem uma das sócias que veio de fora do Brasil e fez uma coisa que lá fora, não sei o quê… Mas não tinha uma “door” (recepção com) drag na casa. Não tinha absolutamente nada; um espetáculo, nada. Eles acham que abrir a casa hoje em dia é só fazer um bom lugar e esquecem que tem que ter uma atração a mais, sempre uma atração a mais para o espetáculo. Sempre foi, não adianta, o que funciona é o espetáculo, não tem jeito. E mesmo assim eles acham que eles são moderníssimos – e não vejo nenhuma modernidade. Nada, absolutamente nada, muito pelo contrário, tá tudo muito medíocre.

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Como é a sua relação com as outras drags, como Suzy Brasil, Silvetty Montila?

Eu sempre me dei bem com todas as pessoas, sempre. Por exemplo, eu apresentei a Silvety Montila numa boate que eu fazia, chamada Gens, em SP. Até pouco tempo atrás, antes da pandemia, nós fizemos uma live juntas e relembramos esse período em São Paulo, que era um período muito bom. E, com a Suzy Brasil também, eu vi a Suzy começando, eu tenho uma muito boa relação, porque eu gosto de gente talentosa. Eu nunca gostei de gente sem talento, então quando tem talento existe o respeito mutuo entre as pessoas. Quando não existe talento você simplesmente tolera aquela pessoa. Mas entre nós existe respeito, porque somos talentosas graças a Deus.

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Reprodução: Lorna Washington

No passado havia muita competitividade, puxada de tapete?

Quando eu comecei, foi no meio de umas travestis que já faziam espetáculos. Eu vinha de outra linha porque eu fazia comicidade. Então, eu não era uma ameaça, eu era a cômica no elenco e, depois disso, eu comecei a fazer algumas casas aqui no Rio, na zona sul. Depois eu fui substituir o Edy Star nas casas que ele trabalhava lá nos puteiros de buceta da Prado Jr. (em Copacabana) e também no primeiro intervalo do Cinema Íris, sempre fazendo comicidade. Então, logo depois disso, eu cai no Papagaio (uma das mais famosas boates da década de setenta) e não tive nenhuma competição, porque eu tinha os meus bailarinos e tinha sempre atrações que eu chamava. Nós pagávamos o cachê e coisa e tal. Eu tinha três pessoas que trabalhavam fixas comigo, uma foi Marina Cuck, a outra foi Desiree (a antiga) e a outra foi Chayenne Creck Creck. Nenhuma das três faz shows mais. A Creck Creck mora na Alemanha, a Desiree está na Itália, e a Marina virou Tom Rio, que é maquiador. Quer dizer, eu tinha esse grupo de pessoas que trabalhava comigo e outras que eu recebia. Então, eu nunca tive essa coisa de competitividade, porque eu trabalhava sexta e sábado no Papagaio e fazia na segunda-feira com Lola Montez na Incontrus. Ela que recebia pessoas, ela que chamava as pessoas porque eu não conhecia quase ninguém, porque logo que eu comecei, já sai da galeria Alasca, fui fazer alguns espetáculos, aí fui fazer espetáculo na Prado Jr, de lá fui para o Cinema Íris, e de lá cai no Papagaio. Nessa época, eu não sabia o que era competitividade porque eu tinha o meu próprio elenco, se existia? Sim, existia, mas não chegava a mim, porque eu já chegava em outro patamar. Eu era cedida gentilmente por Ricardo Amaral, eu não era uma pessoa que pegava a minha bolsa e botava debaixo do braço e ia fazer shows nos lugares. Eu tinha o meu lugar fixo, eu tinha o meu camarim no Papagaio, com todas as minhas roupas, com roupa de bailarina e tudo mais. Então, competitividade com certeza existia, mas eu não sentia porque eu meio que fazendo o meu trabalho lá no Papagaio que me rendia muito bem, e eu não precisava ficar correndo de lá pra cá, como faço hoje em dia. E hoje em dia tem essas competitividades, mas comigo eu nem dou trela, se tem eu nem sei, porque eu estou tão acima disso. Eu digo sempre uma frase: “Se me quer, me convida, porque cachorro é que entra na igreja porque a porta está aberta”. Se não me chamou, é porque não me quer, então não vou, fico na minha casa, estou tão bem.

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Reprodução: Lorna Washington

Houve um boato de que as transformistas/drags não gostavam da Laura de Vison, isso é verdade? Como era a sua relação com a Laura?

O problema que as pessoas tinham com a Laura é que se você chegava lá no Boêmio (bar no centro da cidade no Rio de Janeiro, em que durante a noite era casa noturna) e se ela fosse fazer uma música, ela falava que você não podia fazer aquela música, porque ela ia fazer. Era como se a cantora tivesse gravado só pra ela. E ela tinha uma entourage que a acompanhava, que colocava na cabeça dela certas coisas que ela não sabia da veracidade do fato, e se deixava embrenhar pelo ouvido alheio. Eu não a conhecia pessoalmente, eu sabia que ela estava no Boêmio, era ela lá e eu no Papagaio, às duas trabalhavam no final de semana. E o que aconteceu? Ela se embrenhou pelo ouvido de uma pessoa e uma vez um rapaz me convidou (a mim primeiro) para fazer um espetáculo chamado “A volta da Banana”, que foi ali no centro da cidade. Nós iríamos cantar para um público que seria os cantores de Porgy and Bess, que vieram dos Estados Unidos para se apresentar no Teatro Municipal e ele ia fazer esse baile “A volta da Banana” em homenagem a eles. Ele foi no Papagaio, o cachê na época era 2.500 cruzeiros, era dinheiro à beça, e ele me disse que ia chamar a Laura pra fazer junto comigo, e eu falei: “Que maravilha, que ótimo, ela é uma grande artista, eu gosto muito do trabalho dela”. Ele foi no Boêmio nessa mesma noite, e quando falou com ela, ela disse que ia fazer, mas quando ele disse que era eu, ela disse: “Não! Não trabalho com este viado, porque eu não gosto desse viado” – e nem me conhecia. Perdeu, depois ela tentou fazer, e o rapaz respondeu: “Não! Agora quem não quer sou eu”. Passaram-se os anos, eu fui ao Boêmio assistir, nunca fui de mulher, fui de homem uma vez, e quem trabalhava com ela lá era uma menina que ainda hoje continua fazendo espetáculo, que substituía Laura no período em que ela estava de férias, que era a Magaly Penélope. Ela substituía a Laura de Vison. Ela me chamou e chamou todas as apresentadoras que Laura não chamava e foi um acontecimento: Meime dos Brilhos, eu, Lola Batalhão e outras que ela não chamava. Quando a Laura voltou de férias, ela percebeu o erro dela e começou a nos chamar. Aí eu fui fui fazer lá no Boêmio com ela. Passaram-se os anos, o Boêmio fechou. Acabou o império de Laura de Vison, porque ela mandava e desmandava lá e ela teve que fazer shows em outros lugares. Ela foi fazer lá na Incontrus (extinta boate gay em Copacabana), acho que ela fazia numa terça-feira, eu chamava ela pra fazer segunda-feira comigo para ela poder chamar as pessoas para verem ela no dia dela. Eu era a única apresentadora que fazia isso, porque as outras não faziam, porque ainda lembravam dela do Boêmio. Eu não tinha esse problema, porque trabalhava no Papagaio, não fazia Boêmio, éramos duas histórias totalmente diferentes. Eu não tinha nada contra ela, nunca tive, ela se deixou levar por umas pessoas que trabalhavam com ela, que não gostavam de mim e colocaram isso na cabeça dela, eu percebi isso. Passaram-se os anos, eu estive doente, eu tive um problema na perna, ela foi me visitar no hospital de Ipanema e na hora dela ir embora, ela me visitava uma vez por semana, ela botava um envelope embaixo da minha cama: “Oh, Lorna, aqui pra você minha filha” (Lorna imita a risada de Laura). Eu falava: “Não, Laura, não precisa” e ela respondia “Não, não… está aqui”. E ia embora. Na semana seguinte fazia a mesma coisa. Eu saí do hospital, graças a Deus, e foi quando ela ficou doente. Fui visitá-la e tive uma experiência muito triste. Ver aquela criatura como ela era, cheia de vida ela… Estava na cama de um hospital português ali na Tijuca. Ela estava amarrada na cama, ela não falava, só soltava alguns grunhidos, não era nem gritos, porque ela queria falar e não conseguia. Ela teve um problema de isquemia, creio eu, e foi muito triste, você vê a pessoa daquele jeito, uma pessoa como ela, que foi uma grande personalidade, que ganhou prêmio até do cinema, terminar daquele jeito. Eu nunca tive nada contra a Laura não, muito pelo contrário. Teve uma época que ela dava balas lá na Le Boy, não deixavam nem ela pegar no microfone. Você imagina o que deve ter sido isso pra ela como artista, nem no microfone ela pegava. Ela ficava lá na porta dando balas para as pessoas, que o Gilles (dono da Le Boy) chamou ela pra fazer isso e outras até falavam “Ah, Gilles, deixa ela pegar no microfone”, porque era outro que também se deixava embrenhar pelo ouvido; e ele não deixava. Muito triste.

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Reprodução: Lorna Washington

Há pouco tempo uma drag bastante conhecida declarou em uma live que não fazia mais piadas gordofóbicas em seus shows em função de uma crítica que um espectador fez após um show. Como você analisa o politicamente correto no humor atualmente? 

Meu filho, nós estamos voltando à época do AI-5, porque não se pode falar nada. Não pode dizer nada e você não pode ser você. As pessoas estão castrando os artistas de todos os jeitos, porque estão cerceando a nossa liberdade de expressão. Você, hoje em dia, não pode falar nada, absolutamente nada. No Facebook tem um bando de fake news, um monte de coisas que se você falar um “puta que pariu” ou um “vá se fuder” te tiram uma semana, te fazem punição, como se você fosse uma criancinha de dez anos ou uma criancinha que está aprendendo a falar e que a mãe diz “não fale isso” e bate na criança. Então, esse politicamente correto… não sei o que é politicamente correto. Para mim, politicamente correto seria as pessoas não morrerem na fila dos hospitais esperando cirurgia, não estarem se contaminando com Covid, as coisas estarem fechadas, mas todo mundo tendo um dinheiro digno para poder ficar em suas casas, prestadores de serviço. Isso pra mim que é um palavrão. Isso pra mim que é uma fobia, e não você falar que uma pessoa é gorda, porque  ela é gorda mesmo, você tá vendo que ela é gorda, caralho! Falar que uma pessoa é preta, ela sendo preta ou negra, ou a pessoa é viado, é viado! É pobre? É pobre. Você vai fazer o quê? Vai mentir pra pessoa? Então quer dizer que tem que viver de mentira? E o artista não pode falar a verdade? Tem que falar mentira? Então, as coisas estão muito difíceis, né? Eu vejo dessa forma que eu disse antes, a média está para baixo. A coisa está muito medíocre. É muita gente desinformada querendo dar uma de informada, entendeu? É muita gente que não lê. A grande maioria das pessoas não leem. Não sabem o que é um livro. Se você perguntar qual foi o último livro que elas leram, elas não vão saber te dizer, porque não leram nenhum. Elas têm essa comunicação imediatista da internet, do Facebook e só. Não têm nenhum fundamento. Elas são todas superficiais e se sentem todas as donas da verdade. É complicado.

Você foi a primeira artista da noite LGBT no Brasil a falar sobre HIV e AIDS, certo?

O que me motivou a falar sobre HIV nos anos 80 quando comecei a minha linha de espetáculos, foi exatamente ver os meus amigos falecerem. As pessoas não tinham diagnóstico naquela época, porque os médicos estavam às cegas, não se sabia nada sobre HIV nos anos 80, que foi no boom da Aids, e eu vi as pessoas morrerem. Eu vi as pessoas se contaminarem. Eu vi as pessoas se definhando. E, eu senti que eu tinha que fazer alguma coisa e era o meu dever como artista, como uma pessoa que tinha um microfone à mão, eu não podia me calar. Eu não podia simplesmente fazer um espetáculo, falar besteira, mostrar o vestido bonito e não falar nada, deixar isso passar, correr solto. Então, eu abracei a causa do HIV. Até hoje a minha morte social começou naquele período, que as pessoas diziam que eu era HIV desde aquele período, então como eu fui mordida pelo mosquito da solidariedade, não considerei nenhuma dessas observações e levei a minha vida em frente. E não deixei de ser solidária até os dias de hoje. E, o que me levou foi exatamente isso – ver as pessoas morrerem, elas não tinham nem diagnóstico de vida, mas tinham o diagnóstico de morte.

É verdade que você foi a primeira pessoa no Brasil a fazer o teste de HIV no país? 

Sim, eu acabei me tornando uma referência de HIV no Brasil por conta da minha militância. Eu já fazia um trabalho voluntário com a médica Márcia Rachid lá no Gaffrée e Guinle e trabalhava no Papagaio. Um dia ela recebeu a visita de um médico brasileiro que estava cedido por uma universidade americana e ele estava fazendo um teste de HIV que era 100% de acerto, porque naquela época os testes não eram muito “certos”. A probabilidade de erro era muito grande e o dele era de 100% de efetividade. Ele veio até a mim através da Márcia e me pediu se eu podia lá no Papagaio falar com as pessoas que estava fazendo este teste e que ele precisava de voluntários e coisa tal, e falei com as pessoas na noite. Na época, a gente tinha o Roxy Roller (um templo da patinação localizado na Lagoa no início da década de oitenta) que estava funcionando e tinha várias salas lá, e nós conseguimos uma sala pra ele poder fazer os testes. As pessoas não precisavam dar nem o nome, ele dava um número para a pessoa se quisesse saber o resultado. E eu pra dar o exemplo, fui a primeira pessoa a fazer. Eu fiz, eu fui a frente de todos, fui lá fiz o teste, depois falei “Olha, acabei de fazer, ainda vim com o curativo no braço”, pra mostrar que eu tinha feito mesmo, então foi por isso.

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Reprodução: Lorna Washington

Aliás, muitas pessoas achavam que você viva com HIV e recentemente você esclareceu que não. Você acha que isso aconteceu por conta do seu pioneirismo em falar sobre HIV na noite gay ainda nos anos oitenta?

Sem sombra de dúvida, as pessoas me mataram desde os anos 80 porque achavam porque eu abracei a causa do HIV [supunham que] eu era HIV. Lógico: gay, negro e fazendo show, o que vão achar? Promíscuo – lógico, que está advogando em causa própria. Se você abraçar a causa do câncer, as pessoas acham lindo a causa do câncer que você tá abraçando, está indo lá ver as pessoas. Se você abraça a causa das crianças com microcefalia, as pessoas acham lindo também, mas se você abraça a causa do HIV, as pessoas te colocam logo no patamar de promíscuo, porque a Aids está ligada à sexualidade. E como as pessoas não são bem resolvidas com a sua sexualidade, elas se preocupam muito com a sexualidade do outro e acha que o outro se contaminou por conta da sua vida promiscua, e não é bem assim. Existem várias maneiras de se pegar HIV e que não é através do sexo, mas foi exatamente por isso, começaram a me matar desde os anos 80. Estou tão preocupada que não vou nem tomar o meu chá.

Qual é o futuro da noite gay no Brasil? A maioria das casas noturnas LGBT+ fecharam, principalmente no Rio. 

Eu acredito que tudo começou a cair, a ficar muito medíocre, quando começou a tal da bebida liberada. A bebida liberada acabou com a noite do Rio e as pessoas acham que bebida liberada é ótimo porque vai encher a casa – não vai. Vai dar é prejuízo pra quem tá abrindo a casa, porque as pessoas bebem de jogar no chão, bebem pra jogar fora, e o que acontece? Tudo é uma bola de neve né, elas também não prestam atenção no espetáculo. Então, não adianta, você pode entrar de strass da cabeça aos pés para fazer um número deslumbrante, pode cantar, pode tirar uma jaca do c*, que não vai adiantar p* nenhuma, porque o pessoal não vai estar nem aí. E também tem o advento da internet, como eu já disse em algumas entrevistas minhas. Você tem na sua mão um telefone em que você pode acessar os maiores museus do mundo, agora, então, nesse período de pandemia, você pode acessar os melhores e maiores museus do mundo, mas qual é o site mais visitado? O de pornografia. O que acontece? As pessoas estão em casa, com o telefone na mão, você acessa o telefone, você transa com uma pessoa do outro lado do mundo, na Arábia, na China, nos Estados Unidos, na Venezuela, aqui mesmo na sua esquina. Você pega uma pessoa na sua esquina se vc quiser através de um aplicativo. Quer dizer, você não precisa mais sair da sua casa para ir pegar uma pessoa. Dia desses eu estava vendo, uma amiga minha estava comentando comigo que no app, tem um que você pega mulher, que os caras são casados e vão na sua casa, eles perguntam qual seu endereço e vão na sua casa. Você acha que uma pessoa vai perder tempo de ir para uma boate pra ver um espetáculo, se o que ela quer é f*? Imagina, é por isso que acabou tudo e está acabando cada vez mais, por isso.

Você foi tema de uma documentário, qual foi a sua reação quando assistiu ao documentário pronto? 

Quanto ao documentário, eu nunca pensei que eu fosse ter… primeiro eu nunca pensei que eu fosse fazer p** nenhuma né. Nunca pensei, porque tudo que eu fiz, eu sempre fiz por conta da minha vontade de estar fazendo alguma coisa para me ajudar e ajudar o outro, e quando o documentário aconteceu, que eu vi pronto, eu achei muito interessante. Eu fiquei muito surpreso por algumas pessoas terem dado depoimento no filme, porque eu não sabia que tinha essas pessoas no documentário. Eu nunca me meti no documentário em nada, a única coisa que eu pedi aos diretores é que eu queria que eles entrevistassem a minha enfermeira do hospital, que era a Mônica Matosinho, foi a única coisa que eu pedi. O resto tudo foram eles que fizeram. Eu não me meti em absolutamente em nada, porque se eu não sei cozinhar, eu não vou entrar na cozinha e me meter no que a pessoa esta fazendo. Se eu não sei trocar uma lâmpada, eu não vou chamar um eletricista e ficar metendo a mão mandando ele fazer assim e assado, assim como também eu não gosto que se metam quando eu vou fazer o meu espetáculo, a não ser que seja uma pessoa balizada pra poder falar alguma coisa, me dar um toque que vai ser positivo no meu espetáculo. Então, eu não me meti. Quando eu vi a primeira vez foi um curta, depois foi um média, agora um longa. Eu vi o curta e o média, o longa eu ainda não vi, que é este último agora, não vi como está, mas todos os dois eu gostei muito, achei interessante o que contaram, as coisas que apareceram. Foi bom porque eu vi coisas ali que fazia tempos que eu nem me lembrava mais. E, eu acho interessante como registro para outras pessoas saberem coisas que você fez, pessoas que passaram na sua vida. Achei muito positivo, não só pra mim, mas como também para outras pessoas saberem de algumas coisas da vida da gente.

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Reprodução: Lorna Washington



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