Heitor Garcia tem 30 anos e, antes de responder às perguntas do GAY BLOG BR sobre “The Boys in The Band”, fez questão de mostrar o quanto a arte é transformadora. Assistente de direção do espetáculo que estreou no último 31 de outubro em São Paulo, o artista começa dizendo que essa é “uma das primeiras grandes entrevistas e com questões que o motivaram”. Que honra!

“Comecei a produzir meus próprios sonhos já que as oportunidades não me brilhavam os olhos”. É assim que ele define sua trajetória, que iniciou aos nove anos de idade estudando balé clássico. De lá para cá, estudou sapateado, formou-se em Relações Públicas e atuou, atuou e como atuou. Dono de sua produtora cultural há oito anos, Garcia já idealizou diferentes projetos musicais brasileiros, como “O Bem Amado Musicado”, e agora vê em “The Boys In The Band” como um grito ainda mais importante.
“O que mais me atrai nesse projeto é poder contar e defender a história de um grupo através da arte, mostrar a importância do respeito, mostrar que todos somos iguais e gritar pelo fim da intolerância”, exclama ele, em papo com o GAY BLOG BR. “Nos vemos nos personagens o tempo todo e todas as questões que uma década nos deixou como herança.”
Ambientada na Nova York da década de 1970, a trama gira em torno de um grupo de amigos gays que se reúne para celebrar o aniversário de um deles. Ali, os papos alternam entre crises familiares, pessoais e de como o universo gay tem camadas. “Um ponto importante é que estamos contando a história deles e não sobre eles, isso gera uma enorme identificação na nossa vida”, reforça Garcia.
Por isso, o espetáculo gera profundas reflexões sobre o quanto estamos evoluindo quanto sociedade. Garcia aponta o quanto o mês do Orgulho LGBTQIA+, celebrado em junho, ajuda nisso, mas que há muito a ser feito. “Eu acredito sim que estamos avançando, há muita gente lutando por nós há décadas, há muita gente colocando a cara na rua por nossa comunidade e tantas outras pautas, se não acreditar que avançamos, a luta de todas essas pessoas é inválida e eu não quero acreditar nisso.”
O assistente de direção destaca ainda que este é seu quarto projeto LGBTQIA+ e que isso o alimenta de uma forma “inexplicável”. “Ser artista no nosso país é infinito. Você não sabe se lá no fundo tem algo bom ou não te esperando. Eu acredito colher os resultados da minha evolução como profissional e do meu papel bem feito e cheio de amor que cumpro dentro do teatro”. Certamente, vem mais por aí.
Após 53 anos, peça gay ‘The Boys in the Band – Os Garotos da Banda’ tem nova montagem em São Paulo
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