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A Champions LiGay SP, que teve patrocínio do SCRUFF – app que promove relacionamentos, encontros e eventos –, reuniu nesta maior edição, 16 times de 8 estados brasileiros. Foram mais de 250 jogadores homossexuais jogando bola e lutando contra a homofobia dentro e fora de campo. O clima era dos melhores e os boleiros disputavam lance a lance tranquilos, com o melhor do fair play e, principalmente, tranquilos de que estavam num ambiente seguro.
Mas nem sempre foi possível para muitos deles se divertir jogando futebol dessa forma. Xingamentos como “viadinho”, “bicha”, “joga feito homem” e musiquinhas com cunho homofóbico ainda são comuns serem ouvidos nos estádios brasileiros. Os times, digamos convencionais, não toleram jogadores assumidamente gays. O futebol, infelizmente, ainda é um ambiente carregado de machismo e outros preconceitos.
Jonathan Nascimento, de 22 anos, é um dos jogadores que revela só agora se sentir à vontade para praticar o esporte que tanto ama porque joga entre gays. “Eu jogava em três times, com pessoas de onde moro. Sempre jogamos juntos desde categorias de base até a várzea. Porém, quando descobriram que eu era gay, pararam de me avisar dos torneios e jogos amistosos”, conta o moço que desde abril deste ano joga no Unicorns Brazil, time que tem patrocínio do SCRUFF.
“Depois uns dois jogos sem ir, dei a cara a tapa e apareci por lá. O treinador me disse que eles não estavam confortáveis e não aceitariam um gay no time. Tentei justificar falando que eles não significavam nada sexualmente e que eram como irmãos pra mim, mas nada do que eu disse adiantou. Assisti àquele jogo e fui embora sozinho. Depois daquele dia, senti vergonha do que eu era e fiquei dois anos sem jogar futebol, coisa que faço desde os 6 anos”, lamentou.
Agora tudo mudou: Jonny, como é chamado pelos novos amigos de equipe, voltou a fazer gols com satisfação. “No ano passado, descobri o Afronte. Fui fazer um teste no time e eles me chamaram pra jogar. Fiquei muito feliz. Desde abril estou jogando pelo Unicorns e posso dizer que realmente aquela alegria de infância que eu sentia em jogar, em competir, foi realmente resgatada”, comemora ele, orgulhoso de exibir no peito o novo uniforme do time com as cores do arco-íris.
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