O YouTube e o Instagram terão até cinco dias para remover conteúdos referentes ao culto evangélico intitulado “Deus odeia o orgulho“, transmitido ao vivo por André Valadão, da Igreja Batista Lagoinha, direto dos Estados Unidos. As informações são da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.
De acordo com o publicação, o caso foi levado ao conhecimento da Justiça Federal de Minas Gerais pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP). Além do culto publicado em junho, outro vídeo, feito no início de julho, também deverá ser removido.
No vídeo em questão, publicado neste mês, Valadão faz declarações interpretadas por inúmeros internautas como incitação ao assassinato de pessoas LGBTQIA+. “Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso. Agora, tá com vocês“, disse o pastor evangélico aos fiéis.
Ainda de acordo com a publicação, na decisão emitida contra Valadão, o juiz José Carlos Machado Júnior, da 3ª Vara Federal Cível de Belo Horizonte, fixou multa de R$ 1 mil por dia em que os conteúdos do pastor sigam no ar. Para o magistrado, o líder religioso “excedeu os limites da liberdade de expressão e de crença”.
Segundo o juiz, Valadão também criou “risco potencial de incitar nos ouvintes e fiéis, sentimentos de preconceito, aversão e agressão para com os cidadãos de orientação sexual diversa daquela defendida por ele”. Machado Júnior ainda afirmou que autoridades devem “combater, contestar e reprimir” manifestações religiosas incitem a violência ou discriminação.
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