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Dirigido por Alice Riff, “Meu Corpo é Político” é um dos destaques de dezembro na plataforma de streaming e curadoria MUBI. O documentário ganhou notoriedade em festivais por abordar, de forma não estereotipada, a vida de pessoas trans.

Quatro transexuais, que vivem na periferia de São Paulo, seguem carreiras distintas e lutam por uma causa em comum: o respeito à comunidade LGBTQIA+. Linn da Quebrada é atriz, cantora e professora de teatro; Paula Beatriz dirige uma escola pública; Giu Nonato é fotógrafa e Fernando Ribeiro é estudante e operador de telemarketing.

A diretora apresenta o lado íntimo da vida dos personagens, bem como o contexto social, levantando questões sobre a população trans brasileira e suas disputas políticas.

Assista ao trailer:

- BKDR -
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Linn da Quebrada segurava o xixi para evitar transfobia em banheiros públicos

Linn da Quebrada participou do programa “Conversa com Bial” para debater diversos assuntos e, em determinado momento, comenta sobre os desafios do cotidiano da população trans, dando como exemplo ela mesma que não se sentia confortável em utilizar um banheiro público.

“Antigamente, eu queria evitar esse tensionamento, não queria que ir ao banheiro fazer xixi fosse uma luta, mas eu não me sentia confortável no banheiro masculino e no feminino também tinham as vigilantes de gênero.”

Ela também comenta como se relaciona com sua identidade, deixando claro que não é mulher, e que não existe o “ser mulher”.

“Eu não sou mulher, sou travesti. A mulher não existe. Existem mulheres. Existem milhares! Estamos batalhando pelo direito aos nossos próprios corpos, para construir e reivindicar novas condições de mulheridade”.

Linn da Quebrada segurava o xixi para evitar transfobia em banheiros públicos
Reprodução

Vale lembrar que Linn da Quebrada e Jup do Bairro concederam uma entrevista ao GAY BLOG BR em fevereiro e ambas comentaram sobre a representação dos LGBTs dentro da mídia tradicional.

Vocês sentem que houve algum tipo de evolução da mídia tradicional, como a TV e o Rádio, em relação a esse papel de desconstrução de preconceitos e estereótipos nos últimos tempos? Como vocês comparam a mídia de hoje com de dez/quinze anos atrás?

Jup: Acho complicado falar de “evolução”. A gente não tem uma “invasão direta” de pessoas trans sendo entrevistadoras de programa. Somos exceções. Quando as pessoas trans receberem os mesmos valores de pessoas cis, tiverem a mesma demanda de contratações, aí sim poderemos considerar que estamos evoluindo. Se por um lado é legal ver o pioneirismo de pessoas trans, como aquelas que conseguem um doutorado com nome social; se é uma primeira pessoa trans na câmara das deputados ou na literatura, isso é um momento de orgulho, mas também de preocupação. Se a gente for parar pra pensar, os avanços são contraditórios.

Linn: Acho que essa contradição toda se revela porque os dois movimentos acontecem simultaneamente. Ao mesmo tempo que tivemos muitos avanços em alguns “territórios”, nós temos um retrocesso político de uma conjuntura que evidencia justamente o medo desses que detém o poder ao perceber que nós estamos ganhando território.

Linn da Quebrada e Jup do Bairro indicam 10 mulheres trans para seguir no Instagram




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