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Neste dia 24 de março, o Papa Francisco nomeou o ativista LGBTQIA+, Juan Carlos Cruz, para liderar uma comissão contra os abusos cometidos pelo clero no Vaticano. O próprio Cruz foi vítima do padre pedófilo Fernando Karadima durante a infância, sendo que este caso veio à público em 2018 quando Karadima teve seu estado clercial revogado.
A imprensa da Santa Sé informa que Juan fará parte da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores pelos próximos três anos. O objetivo é discutir medidas que combatam à pedofilia na Igreja Católica. Além de Juan, o brasileiro e fundador da comunidade Fazenda da Esperança em Guaratinguetá (SP), Nelson Giovaneneli, também faz parte do comitê.
Honored to participate at the prevention of sexual abuse in the Church congress @ceprome with @hans_zollner @BishopScicluna and many others in México City. Great experience and a place where survivors are being heard! pic.twitter.com/D6XA1PKfxo
— Juan Carlos Cruz Ch. (@jccruzchellew) November 8, 2019
Cruz diz que suas primeiras acusações foram desacreditadas pela Igreja Católica, mas que o Papa Francisco o fez e teria dito: “Juan Carlos, o fato de você ser gay não importa. Deus te fez assim. Isso renova meu compromisso de continuar trabalhando para acabar com o flagelo dos abusos e por tantos sobreviventes que ainda não obtiveram justiça”, contou Cruz no Twitter.

Bispo diz que a Igreja Católica precisa rever com urgência seus conceitos sobre sexualidade
O bispo titular da diocese de Essen, na Alemanha, dom Franz-Josef Overbeck, contrariou a decisão do Vaticano, que teve o aval do papa, em negar a concessão de bênçãos a uniões homoafetivas. As informações são do UOL Notícias.
Segundo Overbeck, em cartas a todas as paróquias da diocese, a doutrina da Igreja Católica “exige com urgência uma perspectiva mais ampla da sexualidade humana”.
Além disso, ele convidou todos os católicos a não sucumbir às “tentações fundamentalistas” e afirmou que “as pessoas com orientação homossexual se sentem ofendidas e magoadas” pela disposição da Congregação para a Doutrina da Fé.
“A avaliação da homossexualidade com base na lei natural não é mais entendida e nem mais aceita. Além disso, os numerosos sinais públicos vindos das paróquias e sobretudo de numerosos agentes pastorais expressam nestes dias uma rejeição aberta da posição [do Vaticano] que já não pode ser ignorada”, diz o texto.

O bispo alemão entende que “os cristãos homossexuais devem permanecer ligados à nossa igreja porque, como batizados, fazem parte dela”, e que “a benção é um sinal de acompanhamento e deve mostrar que, através da Igreja, Deus está presenta na relação”.
O Vaticano anunciou no dia 15 de março que os padres e ministros da Igreja Católica não podem abençoar a união homoafetiva porque “Deus não pode abençoar o pecado”.
A Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) emitiu a decisão em resposta a perguntas enviadas por paróquias que expressaram o desejo de conceder bênçãos como um sinal de boas vindas aos homossexuais.
O argumento foi de que o casamento heterossexual é um sacramento e este não pode ser estendido a casais com pessoas do mesmo sexo.
“Por esse motivo, não é lícito dar bênção a relacionamentos, ou a parcerias estáveis, que envolvam atividade sexual fora do casamento (ou seja, fora da união indissolúvel de um homem e uma mulher, aberta em si mesma à transmissão da vida), como é o caso das uniões entre pessoas do mesmo sexo”, diz a nota.
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