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A Universidade de Oxford, na Inglaterra, iniciou no último dia 5 de julho, os ensaios clínicos para avaliar a segurança, tolerabilidade e imunogenicidade de uma nova vacina que age contra o vírus HIV: a HIVvonsvX. As informações são do Olhar Digital.

A HIVvonsvX foca em uma ampla gama de variantes do HIV-1, sendo potencialmente aplicável em diversas cepas de HIV. Diferente das demais vacinas que trabalham induzindo anticorpos gerados pelas células B, essa induz células potentes e destruidoras de patógenos do sistema imunológico, levando-as para regiões conservadas que sejam alvos do HIV.

O teste, realizado em duas doses, foi feito em 13 adultos com idade entre 18 e 65 anos, HIV-negativos e considerados sem alto risco de infecção. O ensaio clínico chamado HIV-CORE 0052 faz parte da European AIDS Vaccine Initiative (EAVI2020), um projeto colaborativo financiado pela Comissão Europeia.

O principal autor da pesquisa e professor de imunologia em Oxford, Tomás Hanke, afirmou que este é o primeiro estudo que, além de focar em pessoas que vivem com o HIV, também busca a prevenção de pessoas que não convivem com a condição. Hanker também diz que, mesmo com os métodos de prevenção atuais, a contaminação pela doença continua alta e afirmou que “uma vacina contra o HIV-1 continua sendo a melhor solução e provavelmente um componente-chave para qualquer estratégia que ponha fim à epidemia”.

Os pesquisadores esperam poder relatar os resultados do teste até abril do próximo ano.

Universidade de Oxford inicia testes de vacina contra HIV
Reprodução

USANDO AS TERMINOLOGIAS NÃO ESTIGMATIZADAS DE COMBATE AO HIV

Sempre que possível, utilize o termo mais específico e apropriado  para  o contexto a fim de evitar confusão entre o HIV (um vírus) e a AIDS (uma síndrome clínica). Exemplos de termos incluem: ‘pessoas vivendo com HIV’, ‘prevalência do HIV’, ‘prevenção do HIV’, ‘testagem e aconselhamento em HIV’, ‘doença relacionada ao HIV’, ‘diagnóstico de AIDS’, ‘prevalência de AIDS’ ‘crianças órfãs pela AIDS’, ‘resposta à AIDS’, ‘Programa Nacional de AIDS’, ‘ONG/AIDS’, ‘morte por complicações da AIDS’. Tanto o termo ‘epidemia do HIV quanto o termo ‘epidemia da AIDS’ são aceitáveis. No entanto, o termo ‘epidemia do HIV’ é mais inclusivo.

Não existe “vírus da AIDS”

Não existe o vírus da AIDS. O vírus que causa a AIDS é o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Note que a palavra ‘vírus’ na frase ‘vírus do HIV’ é redundante. Utilize apenas ‘HIV’.

Jamais use o termo “aidético”

Além de incorreto, é estigmatizante e ofensivo. Use “pessoa vivendo com HIV”, pessoa soropositiva, HIV positiva ou positiva.

Pare de dizer “infectado com AIDS”

Ninguém é infectado com AIDS; a AIDS não é um agente infeccioso. O termo AIDS descreve uma síndrome de infecções e doenças oportunistas que podem se desenvolver à medida que a imunossupressão aumentar durante a evolução da infecção pelo HIV, da infecção aguda até a morte. Prefira pessoa vivendo com HIV ou pessoa HIV positiva (no caso de saber o estado sorológico).

Não existe “teste da AIDS”

Não existe um teste para AIDS. Utilize o termo teste de HIV ou teste de anticorpos do HIV. Utilizam-se testes de detecção de antígenos em crianças recém-nascidas.

Evite usar o termo “vítima da AIDS”

Utilize o termo pessoa vivendo com HIV. A palavra ‘vítima’ desempodera e estigmatiza. Use a palavra AIDS apenas ao se referir a uma pessoa com diagnóstico clínico de AIDS. É aconselhável dizer que a pessoa foi acometida por infecções ou doenças oportunistas decorrentes da síndrome da AIDS.

Não fale “paciente de AIDS”

Utilize o termo ‘paciente’ apenas ao se referir a um contexto clínico. Neste caso, utilize paciente com doença relacionada ao HIV porque abrange toda a gama de condições clínicas associadas ao HIV.

Não use “risco de AIDS”

Utilize ‘risco de infecção pelo HIV’ ou ‘risco  de  exposição ao HIV’ (a não ser que esteja se referindo a comportamentos ou condições que aumentam o risco da evolução da doença em uma pessoa HIV positiva).

SUBSTITUA SEMPRE:

contaminado(a) com HIVpessoa vivendo com HIV

doença mortal, incurávelsíndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)

doença venérea / doença sexualmente transmissível (DST)infecção sexualmente transmissível (IST) 

grupos de risco populações-chave / comportamento de risco

portador de AIDSpessoa vivendo com HIV

sexo segurosexo mais seguro

Um exemplo de como as desconstruções vêm evoluindo é esta entrevista de 1988, do programa Cara a Cara, onde a jornalista e apresentadora Marília Gabriela pergunta ao cantor/compositor Cazuza se ele “está aidético”.

Fonte: UNAIDS / Observação: O UNAIDS enfatiza que suas recomendações terminológicas devem ser consideradas um trabalho contínuo, à medida que novas questões e dinâmicas emergem frequentemente. Estas diretrizes podem ser amplamente copiadas e reproduzidas, contanto que esse uso não seja para fins lucrativos e que a fonte seja sempre citada. Baixe o manual completo neste link.




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Jornalista formado pela PUC do Rio de Janeiro, dedicou sua vida a falar sobre cultura nerd/geek. Gay desde que se entende por gente, sempre teve desejo de trabalhar com o público LGBT+ e crê que a informação é a a melhor arma contra qualquer tipo de "fobia"