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O pastor evangélico Milton Ribeiro, que atualmente ocupa o cargo de Ministro da Educação no governo Bolsonaro, recentemente disse em entrevista ao jornal Estadão que a homossexualidade dos jovens se deve a “famílias desajustadas”.
Ribeiro também disse que acredita que “o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) faz isso porque não tem atenção do pai, não tem a atenção da mãe”.
No último dia 25, Humberto Jacques de Medeiros, vice-procurador-geral da República, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para apurar se o ministro da Educação, cometeu o crime de homofobia.
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) também disse que também abrirá um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o pastor: ” Estou entrando com representação no @STF_oficial para que a Corte determine ao Procurador-Geral da República que investigue o ministro da Educação por crime de homofobia. Entendimento do STF já equiparou a homofobia ao crime de racismo”, escreveu o senador no último dia 24.
O deputado David Miranda (PSOL-RJ) contou que também abrirá denúncia no Ministério Público: “O Ministro da Educação evidencia toda a carga de preconceito e atraso do governo Bolsonaro. Logo o ministro de uma pasta tão estratégica para uma nação que tenha a pretensão de soberania. Esse governo tem elementos medievais. Representei contra o ministro no MPF, ele tem que responder por crime de homofobia”, disse.
PASTA DA EDUCAÇÃO DESAJUSTADA
Milton Ribeiro é o quarto desajuste na pasta da Educação do governo Bolsonaro em cerca de um ano e meio. O pastor da Igreja Presbiteriana foi nomeado em julho após Carlos Alberto Decotelli, que não chegou a assumir devido à repercussão de uma série de informações falsas descobertas em seu currículo. Anteriormente, a pasta estava ocupada por Abraham Weintraub, que acabou saindo em meio a tensões com o Supremo Tribunal Federal, após ser gravado se referindo aos ministros do STF como vagabundos. O primeiro ministro foi Ricardo Vélez Rodríguez, que abandonou o cargo em abril após uma gestão marcada por crises e polêmicas, como exemplo, a intenção de mudar a forma como o golpe de 1964 e a ditadura militar eram retratados nos livros didáticos.
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