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Dede 2004, o dia 29 de janeiro foi definido é tido como o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Um dia para lembrar e combater a violência, a discriminação, a desinformação, o preconceito e a transfobia sofridos por um dos grupos sociais mais vulneráveis da nossa sociedade, a população trans.
Além de parabenizar as ações da Semana da Visibilidade Trans realizada pela Prefeitura de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), o SCRUFF – aplicativo mais seguro e melhor classificado para gays, bissexuais, trans e queer se conectarem e o único fundado e gerido por pessoas LGBTQ – prestou homenagens a protagonistas na luta por direitos das pessoas trans.
As pessoas homenageadas são o pesquisador, artista e autor transgênero Ian Habib, criador e coordenador do Museu Transgênero de História e Arte (MUTHA); Alexya Salvador, mulher trans, preta e periférica, mãe, professora, pastora e militante dos direitos humanos; a premiada atriz Glamour Garcia, figura atuante em prol do feminismo e dos direitos da população LGBTQIA+; Filipe Catto, artista trans não binária, cantora, instrumentista, compositora, ilustradora e designer; a criadora de histórias em quadrinhos, cartunista, chargista e desenhista de humor Laerte; o cantor, ator, modelo e influencer Kaique; o escritor e youtuber trans Jonas Maria; e Erica Malunguinho, a primeira mulher transexual eleita como deputada estadual, por São Paulo.
Conheça algumas das pessoas homenageadas:
Kaique Theodoro
Kaique Theodoro é músico, ator e modelo nas horas vagas. Um dos primeiros homens trans a se apresentar nas noites carioca, o artista já cantou na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Uma de suas maiores referências é Pabllo Vittar, cantora que conheceu durante as gravações do programa “Amor & Sexo” e, posteriomente, teve a oportunidade de fotografá-la. Vê a música como algo muito além de entretenimento, a música tem o poder de transformar pessoas. Entre seus hits estão as músicas “Experimenta” e “Dom”.
Glamour Garcia
Glamour Garcia é uma atriz brasileira. No início da adolescência, aos 13 anos, descobriu ser uma mulher transexual, o que a fez enfrentar o preconceito desde cedo. Em 2012, protagonizou o documentário “Além das Sete Cores”. Já atuou na peça “Salomé” e em filmes como “O Amor Que Não Ousa Dizer Seu Nome”, “Nome Provisório” e “Horácio”. Já em 2019, ficou conhecida nacionalmente ao viver Britney na novela “A Dona do Pedaço”, da Rede Globo, personagem que lhe rendeu o troféu de “Atriz Revelação” no “Melhores do Ano” de 2019, sendo ela a primeira mulher trans a vencer a premiação.
Jonas Maria
O mineiro Jonas Maria é formado em Letras e pós-graduado em semiótica. Produtor de conteúdo digital, ele faz palestras sobre questões de gênero e diversas temáticas que atravessam a comunidade LGBTQIA+. Escreve resenhas, crônicas e contos, e teve sua primeira história publicada em 2018, pela Rico Editora, na coletânea #OrgulhodeSer. Em 2014, criou o blog DEGENERADO$, onde compartilhou suas experiências pessoais com o uso da testosterona enquanto pessoa trans. O blog cresceu e hoje se transformou em um podcast e canal no YouTube.
Erica Malunguinho
Erica Malunguinho da Silva nasceu em Recife, é uma educadora, artista plástica, ativista e política brasileira. Em 2018, foi eleita deputada estadual por São Paulo, sendo a primeira mulher transexual da Assembleia Legislativa de São Paulo. Erica é mestra em estética e história da arte pela Universidade de São Paulo (USP) e criadora da Aparelha Luzia, um espaço para fomentar produções artísticas e intelectuais na capital paulista. Lutas como o enfrentamento do racismo histórico, defesa de populações mais vulneráveis estão no topo de sua agenda.
Alexya Salvador
Alexya é uma mulher trans, reverenda e transfeminista. Aos 18 anos, fundou um abrigo para moradores de rua que dirigiu durante dois anos. Estudou literatura inglesa e portuguesa, educação e teologia. Depois de se formar, começou a trabalhar como professora de escola pública. Ela também é vice-presidente da Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH), e foi a primeira travesti brasileira a adotar crianças – duas de suas filhas são trans. Além disso, também é a primeira pessoa trans da América Latina no clero e a primeira mulher trans a ser pastora no Brasil.
Filipe Catto
Artista trans não binária, Filipe é cantora, compositora e instrumentista. Com trabalhos voltados para a MPB, já dividiu o palco com artistas como Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Daniela Mercury, Maria Gadú, Ana Carolina, Dzi Croquettes, entre outros. Suas canções já foram trilha sonoras de novelas da Globo, como “Saga” (Cordel Encantado), “Quem É Você” (Sangue Bom), “Adoração” (Saramandaia) e “Flor da Idade” (Joia Rara). Lançou seu primeiro EP “Saga” em 2009 e de lá para cá mais já somam 3 discos de estúdio e 2 ao vivo, o mais recente “O Nascimento de Vênus Tour”, de 2021.
Ian Habib
Artista e pesquisador, Ian é mestrando em Dança e investiga Performance, Dança Butô e Gênero, com ênfase nas poéticas das transformações corporais e alterações de estados da matéria. Além da performance, seus estudos permeiam os campos da antropologia, anti-coloniais, étnico-raciais e transgeneridades, com foco nas políticas do corpo e do movimento. Sua produção artística e intelectual busca criar, explorar e fundamentar a matéria, a partir de uma perspectiva trans, através de conexões entre a performance e a escrita.
Laerte
Laerte Coutinho é cartunista e chargista. Considerada uma das artistas mais importantes da área no Brasil, participou de publicações como “O Pasquim” e colaborou nos jornais “Estado de São Paulo” e “Folha de S. Paulo”, além de diversas revistas. Suas charges em tons satíricos, bordam assuntos relevantes para sociedade, militância e posicionamentos políticos. Já apresentou o programa “Transando com Laerte”, no Canal Brasil e participou do curta “Vestido de Laerte”, e do longa “Laerte-se”. Aos 70 anos já soma mais de 30 prêmios na área do desenho e roteiro.
Erika Hilton
Erika Hilton é vereadora da cidade de São Paulo, candidata mais votada em todo país nas eleições de 2020, com mais de 50 mil votos. Foi a primeira transvestigênere a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal paulistana e hoje é presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara SP. Erika luta por equidade para a população negra, no combate à discriminação LGBTQIA+ e pela valorização das iniciativas culturais jovens e periféricas. Em 2021, entrou para a lista das 100 pessoas afrodescendentes mais influentes do mundo, sendo a única brasileira indicada na categoria “Política e Governo”.
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