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A Caixa Cultural Rio de Janeiro recebe, de 14 a 26 de janeiro de 2020 (terça-feira a domingo), a mostra Uma Pioneira em Hollywood, que apresentará todos os 13 longas-metragens da cineasta americana Dorothy Arzner que se encontram em condições de exibição, além de um documentário sobre as mulheres pioneiras em Hollywood.

Assim Amam as Mulheres - Katharine Hepburn. Reprodução
Assim Amam as Mulheres – Katharine Hepburn. Reprodução

Dorothy Arzner foi a única mulher diretora durante a Era de Ouro dos estúdios de Hollywood, de 1920 ao início dos anos 40, e, até hoje, mantém a impressionante marca de ser a cineasta com o maior número de obras da indústria americana, com 16 longas-metragens. Arzner também foi a primeira montadora a receber créditos em um filme e a primeira mulher a integrar o Director’s Guild of America, principal associação de diretores nos EUA. Uma pioneira em muitos sentidos, praticamente desconhecida por aqui, que o público carioca terá a oportunidade de desvendar. “Vistos hoje e em conjunto, seus filmes oferecem uma oportunidade única de retornar ao cinema da Era de Ouro a partir da visão de uma mulher singular”, comentam a curadora Marcella Jacques e o curador Victor Guimarães.

"Garotas na Farra" - Reprodução
“Garotas na Farra” – Reprodução

Arzner dirigiu algumas das maiores divas da história do cinema – como Clara Bow, Joan Crawford e Claudette Colbert. Nos seus melodramas densos, comédias corrosivas e musicais elegantes, a perspectiva narrativa invariavelmente pertence às personagens femininas – mesmo em dramas protagonizados por homens – o que produz deslocamentos radicais em relação ao cinema feito no período.

“Esposa de Ninguém” – Reprodução

Alguns dos destaques da mostra são o longa Assim Amam as Mulheres (Christopher Strong, 1933) que, embora carregue no título original o nome de um homem e aparentemente tenha o personagem-título como protagonista, desvia seu foco para a trajetória de uma mulher independente (uma das primeiras aparições de Katharine Hepburn), ousada e desobediente; Quando a Mulher se Opõe (Merrily we go to hell, 1932), uma das joias de Hollywood antes do código Hays, no qual um casal moderno experimenta um casamento aberto que desafia os princípios morais conservadores da época; e A Vida é uma Dança (Dance, Girl, Dance, 1940), estrelado por Maureen O’Hara e Lucille Ball, no qual o ponto de vista de Arzner desafia as convenções do olhar masculino sobre o corpo feminino e nos oferece uma visão dissonante sobre o mundo do espetáculo burlesco.

Dorothy Arzner
Dorothy Arzner – Reprodução

Atividades extras:

No dia 25 (sábado), às 19h, a mostra oferecerá uma conferência com a pesquisadora feminista e professora da Ohio State University Judith Mayne, maior especialista na obra de Arzner. Ela falará sobre a singularidade histórica da figura da cineasta e os principais traços estéticos de sua filmografia, como a dramaturgia centrada em personagens femininas independentes e a construção de uma perspectiva dissonante do melodrama.

Serão realizadas também sessões comentadas e, no sábado, dia 18, às 19h, a programação traz um debate com as pesquisadoras Kênia Freitas, Tatiana Carvalho Costa e Janaína Oliveira sobre a obra da cineasta, a partir dos pilares “As mulheres de Dorothy Arzner”, “Melodrama e feminismo” e “Feminismo lésbico”.

A conferência e o debate terão entrada franca com distribuição de senhas uma hora antes do início. O público que assistir a mostra ainda ganhará um catálogo inédito, com traduções de textos clássicos sobre a obra de Arzner. Outras informações sobre a mostra podem ser acessadas no endereço https://www.facebook.com/umapinoneiraemhollywood

Lésbica, feminista e diretora da Era de Ouro de Hollywood, Dorothy Arzner ganha mostra no RJ
Dorothy Arzner dirigindo “Quando a Mulher se Opõe”

Programação:

14 de janeiro (terça)
19h – Sessão de Abertura: Quando a Mulher se Opõe (1932), de Dorothy Arzner, EUA, 78 min, Digital, 14 anos. Sessão comentada por Marcella Jacques e Victor Guimarães, curadores da mostra. 

15 de janeiro (quarta)
17h – Segura o que é Teu (1927), de Dorothy Arzner, EUA, 60 min, Digital, 14 anos
19h – Honra de Amantes, de Dorothy Arzner (1931), EUA, 75 min, Digital, 14 anos

16 de janeiro (quinta)
15h – Working Girls (1931), de Dorothy Arzner, EUA, 77 min, Digital, 14 anos
17h – Sarah e seu Filho (1930), de Dorothy Arzner, EUA, 86 min, Digital, 14 anos
19h – A Vida é uma Dança (1940), de Dorothy Arzner, EUA, 90 min, Digital, 14 anos

Sessão comentada pela pesquisadora Tatiana Carvalho Costa

17 de janeiro (sexta)
15h – Garotas na Farra (1929), de Dorothy Arzner, EUA, 77 min, Digital, 14 anos
17h – Esposa de Ninguém (1930), de Dorothy Arzner, EUA, 80 min, Digital, 14 anos
19h – Assim Amam as Mulheres (1933), de Dorothy Arzner, EUA, 78 min, Digital, 14 anos Sessão comentada pela crítica Kênia Freitas 

18 de janeiro, sábado
15h – Mulher sem Alma (1936), de Dorothy Arzner, EUA, 73 min, Digital, 14 anos
17h – Felicidade de Mentira (1937), de D. Arzner, EUA, 77 min, Digital, 14 anos
19h – Debate com as pesquisadoras Kênia Freitas, Tatiana Carvalho Costa e Janaína Oliveira (entrada franca com distribuição de senhas uma hora antes do início)

19 de janeiro, domingo
15h – Naná (1934), de D. Arzner, EUA, 87 min, Digital, 14 anos
17h – Crepúsculo Sangrento (1943), de Dorothy Arzner, EUA, 88 min, Digital, 14 anos
19h – E a Mulher Criou Hollywood (2016), de Julia Kuperberg e Clara Kuperberg, França/EUA, 53 min, Digital, Documentário,14 anos

21 de janeiro, terça
17h – Naná (1934), de Dorothy Arzner, EUA, 87 min, Digital, 14 anos
19h – Crepúsculo Sangrento (1943), de Dorothy Arzner, EUA, 88 min, Digital, 14 anos

22 de janeiro, quarta
17h – Esposa de Ninguém (1930), de Dorothy Arzner, EUA, 80 min, Digital, 14 anos
19h – Mulher sem Alma (1936), de Dorothy Arzner, EUA, 73 min, Digital, 14 anos

23 de janeiro, quinta
17h – Garotas na Farra (1929), de Dorothy Arzner, EUA, 77 min, Digital, 14 anos
19h – Felicidade de Mentira (1937), de Dorothy Arzner, EUA, 77 min, Digital, 14 anos Sessão comentada pela pesquisadora Janaína Oliveira 

 24 de janeiro, sexta 

15h – Quando a Mulher se Opõe (1932), de Dorothy Arzner, EUA, 78 min, Digital, 14 anos
17h – Segura o que é Teu (1927), de D. Arzner, EUA, 60 min, Digital, 14 anos
19h – Honra de Amantes (1931), de D. Arzner, EUA, 75 min, Digital, 14 anos

Sessão comentada pela cineasta Juliana Antunes

25 de janeiro, sábado
15h – E a Mulher Criou Hollywood (2016), de Julia Kuperberg e Clara Kuperberg, França/EUA, 53min, Digital, Documentário, 14 anos
17h – A Vida é uma Dança (1940), de Dorothy Arzner, EUA, 90 min, Digital, 14 anos
19h – Conferência com a pesquisadora Judith Mayne e participação na mesa da cineasta Juliana Antunes (entrada franca com distribuição de senhas uma hora antes do início)

26 de janeiro, domingo
15h – Sarah e seu Filho (1930), de Dorothy Arzner, EUA, 86 min, Digital, 14 anos
17h – Assim Amam as Mulheres (1933), de D. Arzner, EUA, 78 min, Digital, 14 anos
19h – Working Girls (1931), de Dorothy Arzner, EUA, 77 min, Digital, 14 anos

“A Vida é uma Dança” – Reprodução

Serviço:

Mostra Uma Pioneira em Hollywood
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Cinema 1 (Av. Almirante Barroso, 25, Centro. Metrô e VLT: Estação Carioca) – Rio de Janeiro, RJ
Data: de 14 a 26 de janeiro de 2020 (terça-feira a domingo)
Horários: Consultar programação
Informações: (21) 3980-3815
Ingressos: R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia.
Bilheteria: terça-feira a domingo, das 13h às 20h

Classificação Indicativa: 14 anos
Capacidade: 78 lugares (mais três para cadeirantes)
Realização: Ventura Produções Audiovisuais
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal




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