O ator Luís Lobianco já fez o público repensar a LGBTfobia na comédia “Carlinhos e Carlão”, do Prime Video, e agora quer fazer outros artistas refletirem seus posicionamentos. Em entrevista ao jornal Extra, na véspera do Dia do Orgulho LGBTQIA+, Lobianco afirma que muita gente tem que sair do “armário da isenção”, diante da violência contra os LGBTQIA+.
“Nossa, tem muita gente no armário. E tem muito armário diferente. A gente está num momento de perceber e identificar quem são os isentos coniventes com a política a que está submetido no momento. Não dá mais pra pessoas públicas, artistas, que têm influência, só se beneficiarem das redes sociais. De publicidade, anúncio. E não se posicionarem contra o massacre que a gente está vivendo. Esse é o grande momento pra gente falar desse armário da isenção. Acho que todo artista que se beneficia das maravilhas que as redes sociais podem oferecer, tem que se posicionar também”.

Perguntado sobre a exposição de sua vida, Lobianco disse que “nunca fez sentido pra mim, eu trabalho com muita gente, com muitos atores, inclusive heterossexuais, que são casados, nunca fez muito sentido pra mim o fato de eles poderem estar presentes nas campanhas, nas revistas, nas redes sociais, como um casal que inspira e que merece espaço, e eu não estar. Eu tenho a concessão, o privilégio de ter o meu espaço na mídia, com meu espaço, minha carreira, e eu preciso usar esse espaço de forma que que inspire as pessoas e que mude temperamentos, que mude paradigmas. O que eu faço não é me expor. Se expor é mostrar o que você faz no quarto. O que eu faço é naturalizar a minha relação, que faz parte da minha vida, a pessoa que divide os meus sonhos comigo”.

“A nossa resistência”, diz o ator, “desde o momento em que a gente se reconhece como uma pessoa LGBTQIA+, se vê dentro da sociedade, no lugar que ocupa, o recorte social. Depois, no ambiente de trabalho. A luta é sempre presente. Você tem sempre que alguma forma de se impor. Há sempre mais dificuldade pra nossa comunidade, assim como há para outras comunidades, outros grupos identitários. Nosso reconhecimento de se entender como comunidade é uma coisa relativamente decente. A gente está no Mês do Orgulho. Daqui a pouco vai comemorar o marco que foi Stonewall (quando, cansados de sofrer violência e humilhações, gays enfrentaram a polícia e despertaram um sentimento de luta na comunidade), em Nova York, que é um marco, é quando a gente se percebe comunidade. Esse mês, essa data, marcam o início de uma luta coletiva, onde precisamos olhar pra frente”.
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