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Numa época em que cantoras fantoches” dominavam grupos musicais de eurodance, onde modelos dublavam vozes de cantoras experientes, Patrícia Coelho foi exceção com sua banda Sect, assim como a nossa recém-entrevistada cantora Gala. A potência vocal e o inglês fluente em “Follow You”, “I Can’t Stop Loving You” e “Get Away” são originais de Patrícia.

Originalidade, inclusive, é uma característica inerente de Patrícia que sempre a fez vanguardista em todos os gêneros musicais – os quais transita com perfeição e facilidade admirável. Das músicas dançantes de Sect, passando por um belo repertório de MPB, a cantora já teve uma era rock e até fez até jingle publicitário virar hit com sua voz.

Natural de São Paulo, artista de múltiplos talentos, ela também é compositora e atriz, tendo atuado em musicais e novelas, mostrando a arte é versátil e contempla todo o seu ser. 

- BKDR -
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Foto: Paulo Vitale

Muitos leitores do GAY BLOG BR são fãs de eurodance e é impossível não falar do Sect que emplacou alguns sucessos como Get Away e Follow You. Como surgiu o Sect no auge da Eurodance no Brasil?  

O Sect foi um projeto musical meu com os irmãos Boratto (Jorge e DJ Gui Boratto). Começamos a banda e gravamos as músicas sem imaginar o sucesso. Mas Follow You chegou a ser a música mais tocada nas rádios na época.

É muito comum a presença do sotaque quando artistas brasileiros cantam em inglês, mas no seu caso não havia sotaque nenhum tanto que muitos achavam que o Sect era um grupo internacional…

Sim, achavam que éramos estrangeiros! Eu falava e cantava fluente inglês na época porque já tinha morado fora e estudava em escola bilíngue.

Por que o seu primeiro disco solo (em 1997) foi lançado somente no Japão? Se não me engano ocorreu o mesmo com a cantora Patrícia Marx, de lançar álbuns especificamente para o mercado japonês. 

Eu recebi a proposta da gravadora EMI internacional japonesa que soube do meu trabalho através de um estúdio que eu gravava bastante aqui em São Paulo.

E como foi fazer uma turnê no Japão? 

Na época foi uma turnê de divulgação. Fui sozinha, deu muito frio na barriga! Mas fiquei muito feliz que o primeiro single [“All My Love”] que lancei por lá entrou para uma das mais tocadas da Billboard Japonesa.

A participação na primeira edição da Casa dos Artistas do SBT (2002) te abriu muitas portas quando deixou o confinamento?                             

Sim, muito convite legal surgiu nesta época! Principalmente o de ter uma música cantada por mim como abertura da novela “Marisol”.

Participaria de um reality show como A Fazenda?  

Naquela época eu fui bem corajosa! Não sei se teria a mesma coragem, já que hoje em dia me considero uma pessoa que gosta de zelar por uma certa discrição da minha intimidade.

Você também é atriz, tendo feito novelas e também teatro. Mas em que lugar você se sente mais à vontade para expressar a sua arte? 

Gosto de interpretar cantando! Gostaria de ter oportunidade de participar de mais de musicais.

Em 2000 você lançou seu primeiro disco no Brasil, era ainda um período que os CDs vendiam bastante, apesar da pirataria. Quando você notou a real crise no mercado fonográfico?   

Em 2006 foi quando percebi realmente carreira já estava tomando um novo caminho e minha música se tornando independente. Percebi que o mercado já não era mais o mesmo, e por isso fui experimentar novos sons e bandas.

É verdade que você fez backing vocal para os Raimundos? Como foi essa experiência de cantar rock? 

Participei com eles do VMB da MTV e do ‘Monsters of Rock’ no Pacaembu. Foi divertido demais! Eu tenho também um lado “rock n roll” e amo o rolê!

Quem são suas influências musicais? 

Minhas principais influências são músicas dos anos 80 e 90. Minha artista favorita é a Rita Lee.

Com quem gostaria de fazer um dueto? 

Acho que iria me amarrar gravar um dueto com o Johnny Hooker.

Em 2001, você participou do Rock in Rio 3, como foi ser considerada uma das melhores intérpretes brasileiras pela revista Time e Time Latin América? 

Foi muito emocionante e gratificante.

E como foi atuar no musical Dias de Luta, Dias de Glória – Charlie Brown Jr., o Musical (2015), interpretando a esposa de Chorão? Você chegou a conhecê-lo pessoalmente? 

Eu adoro atuar e cantar em musicais! Gostaria inclusive de participar de outros. Foi muito especial porque eu conheci o Chorão e também admirava muito o trabalho dele com a banda.

No ano passado você lançou o disco independente ‘Pat Lapin’, como foi esse projeto? 

Um trabalho todo independente e autoral, que tem a contribuição de muita gente talentosa envolvida. Um trabalho todo imerso na cena musical independente de São Paulo.

Como você avalia o atual cenário musical?  

Artistas independentes tendo mais espaço para espalhar sua música. Mesmo assim, não é nada fácil viver de música no Brasil. Você precisa investir muito até ter algum retorno.

E como você está lidando com o isolamento social? 

Não está sendo fácil, principalmente para quem trabalha com música. Mas por outro lado, é um ano de muito amadurecimento espiritual. Tenho aproveitado para fazer algumas “collabs” e estudado mais.

Reprodução

Qual a primeira coisa que você deseja fazer quando essa pandemia passar? 

Sair abraçando e beijando todos meus amigos e familiares. 

Gostaria de convidar todos para ouvir e conhecer meu novo trabalho autoral “Pat Lapin”.  Inclusive para todos os leitores aqui da entrevista, fãs da música eletrônica, não deixarem de ouvir o primeiro single “Coragem” e o super remix produzido pelo Dj Zé Pedro disponível em todas as plataformas digitais.  

Me sigam lá no Spotify. Preparei algumas playlists que estão bem bacanas!
Venham me visitar também no meu canal do YouTube. Lá subi vários vídeos da minha carreira:

YouTube.com/patriciacoelho 
Instagram: @patriciacoelhoofficial




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