O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou Jeferson José da Silva pela agressão a um casal gay durante o Carnaval de 2020, no bairro da República, em São Paulo. A decisão saiu no último dia 23 de agosto pelo juiz Marcelo Matias Pereira, que considerou a motivação do crime como homofóbica. As informações são do G1.
“Deve-se reconhecer que os delitos cometidos pelo acusado foram motivador por razões homofóbicos, sabendo que as vítimas constituíam casal”, diz a sentença.
O episódio ocorreu no dia 22 de fevereiro de 2020, quando o casal gay Guilherme de Oliveira (29) e Bruno Nakazaki (26), saíram da boate Zig Duplex, destinada aos LGBTs, na Rua Araújo, por volta das 23h. O casal caminhava em direção ao Metrô República, quando decidiu parar para urinar na rua. Nesse momento, ambos foram surpreendido por um agressor e outras duas pessoas que deram uma rasteira e ambos e começou os ataques.
Guilherme ficou inconsciente e teve traumatismo craniano, precisando ficar quatro dias internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), enquanto Bruno teve escoriações leves.
O juiz, da 10ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda, entendeu que a motivação para as agressões é incontestável, confirmado pelas imagens das câmeras de segurança do local. O agressor se defendeu dizendo que foi ofendido pela vítima, mas as imagens de segurança mostram Guilherme olhando o celular quando recebeu a primeira agressão.
O agressor foi condenado por lesão corporal a um ano e dois meses de reclusão no regime semiaberto, podendo recorrer em liberdade.
Na sentença, o juiz reconhece: “O Brasil é um país extremamente hostil para a comunidade LGBT, perceptível pelas estatísticas assombrosas que revelam a profusão de crimes cometidos por motivos homofóbicos”.
A mãe de Guilherme, Márcia Oliveira, considerou a pena pequena perante a gravidade da situação. Por outro lado, ela ressaltou que a decisão “é um alento e faz com que nós tenhamos uma esperança ainda na Justiça brasileira”.
“Traz alento e esperança que outras mães, outros filhos, outras famílias, venham recorrer e não precisem passar por toda essa dor e angústia que passamos”, afirmou Márcia.
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