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Desde sua infância em Goiás, o maquiador John Avelino nutria um fascínio pelas rainhas de bateria que desfilavam na Marquês de Sapucaí durante o Carnaval do Rio de Janeiro. Inspirado por figuras como Luma de Oliveira, Luiza Brunet e Monique Evans, o jovem de 33 anos, agora, encontra-se à frente de ritmistas, ocupando um papel tradicionalmente preenchido por mulheres.

Neste ano, ele lidera a bateria da União de Jacarepaguá, escola da Série Prata do Rio, além de desfilar como muso da São Clemente e destaque na Mangueira. Ele abraça o desafio com autenticidade e entrega, enfrentando algumas resistências culturais e questionamentos sobre sua presença nesse papel.

John Avelino (Imagem: Instagram)

“Teve um pouco de resistência da minha presença ali, no lugar de uma mulher como rainha de bateria, porque sempre foi uma questão cultural. Quando as pessoas veem uma imagem masculina, às vezes gera uma certa repulsa. E ficam se perguntando: ‘Será que isso vai dar certo?’ Só que tudo que eu faço é com muita verdade, tem muita entrega minha”, conta ele, em entrevista ao gshow.

O maquiador, agora em seu terceiro ano como rei de bateria pela União de Jacarepaguá, destaca que sua abordagem é ousada e diferente, desafiando as normas estabelecidas. A inovação também se reflete em sua participação em 2023, quando ele e outros homens aderiram ao uso de fio dental, uma peça tradicionalmente associada às mulheres que desfilam.

- BKDR -
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John Avelino (Imagem: @douglasjaco1/Instagram/Divulgação)

“Fui o primeiro a ser anunciado oficialmente como rei de bateria. Claro que antes de mim tiveram nomes como Zé Reinaldo e David Brazil, os quais respeito, mas eles têm um estilo diferente de mim, do que a gente conhece hoje como rei. E, com isso, fui quebrando barreiras e abrindo portas. Mas ainda tem muito preconceito”, destaca Avelino.

Em sua trajetória, ele enfrentou comentários e questionamentos sobre sua presença, mas permanece firme em sua missão de desafiar estereótipos e ampliar as possibilidades para os homens gays no Carnaval.

“Eu vim para romper este pensamento. Por que nós, homens gays, temos sempre que estar trabalhando nos bastidores, fazendo a fantasia da rainha ou da musa, colando espelho no carro? Por que a gente não pode brilhar? Eu vim justamente para quebrar essa barreira”, afirma.

John Avelino (Imagem: Instagram)



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