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Cinco dos seis agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) suspeitos de terem agredido e coagido jovens a realizarem atos sexuais entre si durante uma abordagem policial, em Itapecerica da Serra (SP), foram presos no último dia 15 de agosto. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública, ao G1, em 17 de agosto.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o sexto suspeito está foragido. A abordagem aos rapazes teria ocorrido em maio deste ano e, de acordo com o inquérito, os jovens também teriam sido agredidos com chutes, socos e pauladas.
A investigação sobre os guardas civis teve início após denúncias. Por meio de contato telefônico, um dos jovens relatou à TV Globo que estava em uma área de vegetação próxima ao Rodoanel, empinando motocicletas com mais cinco pessoas, quando os guardas civis chegaram após receberem uma denúncia anônima. Uma das motocicletas do grupo estava com identificação clonada.
Conforme a narrativa do jovem, os guardas o ameaçaram com armas de fogo, usaram spray de pimenta e os atacaram com pedaços de madeira. As agressões só cessaram quando a mãe e familiares de um dos jovens chegaram ao local.
Um vídeo registrado pela família documenta o momento em que a mãe escuta a ligação enquanto está dentro de um veículo. O jovem havia ligado para a família e colocado o celular no bolso sem que os guardas percebessem, segundo as investigações. Ao perceber a gravidade da situação, a mãe exclamou: “Estão agredindo o meu filho”. Um outro membro da família que também ouvia a conversa acrescentou: “Eles estão fazendo ameaças de violência sexual”. “Vocês vão chupar um ao outro”, teria dito um dos guardas. A mídia foi anexada ao inquérito policial.
PRISÃO TEMPORÁRIA
Conforme comunicado da SSP, os mandados de prisão temporária, com validade de 30 dias, que haviam sido previamente emitidos pela Justiça, foram executados quando os guardas compareceram à delegacia, acompanhados por seus advogados, na última terça-feira.
Após a documentação dos registros de captura, equipes especializadas do Grupo de Operações Especiais (GOE) conduziram os agentes até o Instituto Médico Legal (IML) de Taboão da Serra. Posteriormente, os guardas foram encaminhados à prisão de Itapecerica, onde permanecem à espera da audiência de custódia.
A Secretaria de Segurança Pública também informou que diligências estão em andamento para localizar o sexto agente mencionado nas denúncias, o qual também é alvo de um mandado de prisão temporária. Mediante uma nota oficial, a Prefeitura de Itapecerica da Serra declarou que os guardas envolvidos já foram afastados de suas funções e serão submetidos a processos administrativos e disciplinares.
Segundo o delegado Luís Hellmeinster, as denúncias foram objeto de investigação, e com base em evidências em forma de vídeos e avaliações periciais, ele solicitou a prisão temporária dos agentes.
“A prisão temporária foi solicitada para concluir a investigação e esclarecer os detalhes, pois as provas são substanciais, o que é evidenciado pelo fato de a prisão temporária de 30 dias ter sido decretada. Logo após a emissão dos mandados, eu entrei em contato com o secretário de Segurança Patrimonial da cidade e com o comandante da Guarda Municipal para solicitar a apresentação dos agentes. Entretanto, eles se evadiram”, disse Luís Hellmeinster ao G1.
Conforme a polícia, nenhum dos jovens abordados possuía histórico criminal.
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