Márcia Rocha (Cidadania), de 57 anos, é candidata a deputada federal de São Paulo. Advogada, ela é cofundadora da TransEmpregos, consultora em diversidade e inclusão e integrante do Conselho Seccional da OAB/SP – ela a primeira mulher trans reconhecida com nome social na entidade.
Sua entrada na política, segundo Márcia, se deu pela atual situação política do país, “com desinformação e tentativas de retrocesso”, que a “moveram no sentido de usar das ‘ferramentas’ intelectuais e de conhecimento para enfrentar a ignorância”.
Em relação as suas pautas, a candidata diz que tem propostas “para todas as minorias, enfrentando o preconceito geral na raiz e as estruturas historicamente construídas. A candidata é uma das entrevistadas para o especial “Eleições 2022” e conversou com o Gay Blog BR.

Confira na íntegra a entrevista com Márcia Rocha
GAY BLOG BR: Qual a sua formação e trajetória profissional?
Márcia Rocha: Sou advogada com atuação na área imobiliária, família, Direitos Humanos e Direitos Sexuais.
GB: O que motivou a se candidatar?
Márcia: A situação política do país, com desinformação e tentativas de retrocesso me moveram no sentido de usar das “ferramentas” intelectuais e de conhecimento que tenho para enfrentar a ignorância.
GB: Quais os desafios enfrentados ao ser uma candidatura abertamente LGBTQ+?
Márcia: O maior desafio é o preconceito geral das pessoas, mas lido com isso há mais de uma década e me sinto preparada.
GB: Quais são as suas principais propostas? Há pautas exclusivamente para LGBTQ+?
Márcia: Tenho pautas para todas as minorias, enfrentando o preconceito geral na raiz e as estruturas historicamente construídas. Obviamente que pautas LGBTQIAP+ são parte delas.
GB: Quais medidas você acredita serem necessárias para combater a LGBTfobia?
Márcia: A principal medida é a educação, preparar os professores para a diversidade humana, tornando-os agentes inibidores do machismo, racismo, LGBTfobia, etc… Mas também é fundamental agir nas famílias, levando conhecimento e impedindo a violência de gênero.
GB: O que você pensa sobre o uso e políticas da PrEP?
Márcia: Acho a PrEP um avanço, desde que se tenha esclarecimento de que existem outras ISTs pois há riscos de outras epidemias como sífilis ou hepatite se não houver informação técnica de qualidade. Nesse sentido, a Educação Sexual é importantíssima.
GB: Como você avalia o governo de Bolsonaro?
Márcia: Avalio o Governo Bolsonaro catastrófico, principalmente por negar a ciência, incentivar a desinformação e parecer lutar contra tudo o que é bom, justo e humano.
Confira a lista de candidaturas LGBTQIA+ de 2022 neste link.
Lista de candidatos LGBTQ+ nas eleições 2022 | Deputados, Senadores, Governadores
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