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Aqui reunimos a sinopse dos longas do Panorama Internacional, Competitiva Brasil, Recap e Foco Gus Van Sant:

COMPETITIVA BRASIL • MÉDIAS+LONGAS 

A Filosofia na Alcova
(Brasil/ SP| 2017 – 76’)  de Ivam Cabral, Rodolfo García Vázquez

Dolmancé e Juliette, dois dos personagens libertinos mais ousados da história da literatura universal, são os protagonistas da história escrita originalmente por Marquês de Sade, que apresenta a educação de uma jovem virgem (Eugénie), com aulas práticas e teóricas de libertinagem. Após o período de aprendizado, a mãe de Eugénie chega à alcova de Juliette para tentar resgatá-la das mãos dos libertinos. Nesse momento, ela é controlada por Dolmancé e Juliette como uma vítima perfeita, e a última aula é finalmente dada. A Filosofia na Alcova é um livro publicado clandestinamente, em 1795, que se transformou em um dos mais famosos romances da época. Ele sintetiza todas as principais ideias do universo sadeano: a busca radical pelo prazer egoísta, a falta de moralidade no universo natural e o sexo como o centro da pulsão humana. As cenas de libertinagem e de filosofia vão se alternando até o final do drama.

A Moça do Calendário
(Brasil/SP|2017 – 86’) de Helena Ignez             

O ex-gari Inácio, quarenta anos, casado, sem emprego fixo, trabalha como dublê de dançarino e mecânico da oficina Barato da Pesada, onde sonha com a Moça do Calendário. No filme, o real e o sonho se entrelaçam.

Alguma Coisa Assim
(Brasil / Alemanha/ SP| 2017 – 80’) de Esmir Filho, Mariana Bastos    

Caio e Mari são dois jovens vivendo uma relação que vai além de qualquer definição. Ao longo de dez anos, a trama transita entre três momentos marcantes onde seus desejos entram em conflito e sua relação é posta à prova. O longa, desenvolvido a partir do curta homônimo de 2006, propõe uma reflexão sobre sexualidade, rótulos e como o tempo constrói e transforma os relacionamentos.​

Aos Teus Olhos
(Brasil/ RJ| 2017 -90’) de Carolina Jabor                       

Rubens é um professor de natação infantil acusado pelos pais de um aluno de beijar o filho deles na boca no vestiário do clube. Quando a acusação viraliza nas redes sociais e nos grupos de mensagens da escola, começa um julgamento precipitado sobre as ações e intenções de Rubens.​

Berenice Procura
(Brasil/ RJ| 2017 – 88’) de Allan Fiterman                 

Berenice é uma mulher dedicada ao trabalho de taxista no Rio de Janeiro. É consumida pela profissão e o pouco tempo que lhe sobra precisa ser dividido entre a criação do filho Thiago, um adolescente descobrindo sua sexualidade, e sua conturbada relação com o marido Domingos, repórter policial. As marcas do relacionamento desgastado, arruinado pelos rompantes violentos do marido, apagaram sua feminilidade e a levaram a um grande vazio existencial. O assassinato de Isabelle, uma linda transgênero, na praia de Copacabana, acende seu lado investigativo e transforma sua vida.​

Casa da Xiclet
(Brasil/ SP| 2017 – 47’) de Sofia Amaral               

Xiclet é uma artista plástica capixaba que se estabeleceu em São Paulo no início dos anos 2000 e, desde então, transformou a casa onde mora em um espaço público, voltado para a divulgação de artistas que ficam de fora do grande circuito das artes. Além de artista e galerista, Xiclet é uma provocadora incansável do “status quo”. Filmado em São Paulo, Rio e Espírito Santo, o longa foi financiado por meio de crowdfunding e produzido de forma totalmente independente, e traz entrevistas com Laerte, Nelson Leirner, Lisette Lagnado, dentre outros.

Guigo OffLine
(Brasil/ SP -2016|52’) de René Guerra                 

Guigo está apaixonado por Sabrina, com quem troca mensagens pelo celular. Ele é filho de pais separados. Certo dia, ele e seu amigo Túlio viajam para uma pescaria com seu pai, Roberto, e o amigo dele, Paulo. A viagem teria tudo para dar certo, se houvesse sinal de internet. A falta de comunicação deixa Guigo desnorteado e ansioso para marcar um encontro com Sabrina. Além disso, ele ainda terá de lidar com outra situação: antes que Roberto conte ao filho, Guigo descobre que Paulo é, na verdade, o namorado de seu pai.

Intimidade Pública
(Brasil/ SP|2016 -70’) de Luciana Canton               

Não se pode viver a vida de outra pessoa. Quatro estações. Quatro histórias. Quatro casais. Quatro desejos emaranhados. Um flerte de banheiro se consome em sua própria homofobia. Uma prostituta se rende ao amante. Chantagem e romance queer caminham juntos por uma trilha perigosa. A loucura domina a libido de uma mulher.

Luana Muniz – Filha da Lua
(Brasil/ RJ|2017 – 76’) de Rian Córdova, Leonardo Menezes

“Travesti não é bagunça!” Luana Muniz é autora da frase que ecoou em milhares de televisores durante o programa Profissão Repórter, da TV Globo. O documentário revela a intimidade da Rainha da Lapa, que se divide entre a prostituição, a militância LGBT e os shows em cabarés. Entre os entrevistados: Alcione, Luis Lobianco, Padre Fabio de Melo, Felipe Suhre e Lorna Washington. Perucas vão voar!”

Meu Nome É Jacque
(Brasil/ RJ|2016 – 74’)  de Angela Zoé                  

A história de vida de Jaqueline Rocha Côrtes, uma mulher transexual brasileira, que vive com Aids. Militante pela causa, Jacque tem a vida marcada por lutas e conquistas como representante do governo brasileiro na Organização das Nações Unidas. Hoje, casada e mãe de dois filhos, mora numa pequena cidade e dedica sua vida à maternidade e à família. Ao acompanhar o cotidiano de Jacque e revisitar sua trajetória, o longa apresenta os inúmeros desafios que foram rompidos pela personagem e levanta uma reflexão sobre o preconceito, a homolesbotransfobia e a identidade de gênero.

Música para Quando as Luzes se Apagam
(Brasil/ RS -2017’ -70’) de Ismael Caneppele

Uma autora chega a uma pequena vila no sul do Brasil, com a intenção de transformar a vida de Emelyn em uma narrativa ficcional. Quanto mais ela provoca Emelyn com suas câmeras, mais Emelyn se torna Bernardo, um adolescente dividido entre viver o seu desejo e continuar desejando.

Serguei, O Último Psicodélico
(Brasil         /PA-2016 -115’) de Ching Lee, Zahy Tata Pur’gte

Sérgio Bustamante, cantor de 83 anos de idade com mais de 50 de carreira. Precursor da psicodelia no Brasil e ícone do rock, lutou pelas liberdades em praça pública, se assumiu Serguei e partiu em busca de seu lugar ao sol. Seus shows, nada convencionais para um rapaz de classe média carioca, nos cabarés e boates do centro antigo do Rio de Janeiro, fizeram história, através do escracho, da ousadia, do ineditismo e da originalidade. Várias gerações cresceram, se inspiraram e acompanharam a trajetória de uma lenda viva no Brasil, um artista único que teve a coragem de viver e ser o que é.​

PANORAMA INTERNACIONAL

After Louie
(EUA/ 2016|100’) de Vincent Gagliostro                  

O filme explora as contradições da vida gay moderna e da história através de Sam, um homem desesperado para entender como ele e sua comunidade chegaram onde estão hoje. Como um ativista da Aids e membro da ACT UP (grupo ativista de luta contra a Aids) nos anos 1980 e 1990, Sam testemunhou as mortes de muitos amigos e de namorados. Arrasado e sentindo-se culpado por ter sobrevivido, Sam agora se ressente da complacência de seus ex-companheiros e ridiculariza o que vê como a indiferença da geração mais jovem às políticas de sexo e de morte. A convivência inesperada com um homem bem mais jovem desafia sua compreensão da vida gay contemporânea. Através deste romance não convencional, ele é forçado a lidar com o trauma que tanto diz de seu passado, seu presente e de um futuro desconhecido.

Aqueles que Fazem a Revolução pela Metade Apenas Cavam suas Próprias Covas
(Canadá/2016 -183) de Mathieu Denis, Simon Lavoie                    

Klas Batalo, Giutizia, Tumulto e Ordine Nuovo, quatro jovens de Quebec na faixa dos vinte anos, rejeitam o mundo em que vivem. Três anos após o colapso do movimento de protesto “Primavera do Maple”, eles recorrem a uma forma de vandalismo que gradualmente os aproxima do terrorismo. Mas sua vanguarda revolucionária está longe das aspirações predominantes da sociedade e ameaça explodir em suas caras.

As Histórias Não Contadas de Armistead Maupin
(EUA/ 2017 -91’) de Jennifer M. Kroot     

Uma análise da vida e do trabalho de um dos contadores de histórias mais amados, seguindo seu desenvolvimento de filho conservador do Velho Sul a um pioneiro defensor dos direitos gays cujos livros inspiraram milhões a reivindicarem suas próprias verdades. Com a ajuda de seus amigos (incluindo Neil Gaiman, Laura Linney, Olympia Dukakis, Sir Ian McKellen e Ann Tan) Maupin – mais conhecido por sua série de livros Histórias de uma cidade – oferece um olhar desarmadamente franco à jornada que o trouxe das selvas do Vietnã às casas de banho de San Francico nos anos 1970 e para a linha de frente da guerra cultural americana.

As Misândricas
(Alemanha/ 2017 – 91) de Bruce La Bruce                   

Em algum lugar da Alemanha, um “exército de amantes” radical se prepara para sua revolução final. Mulheres estão discutindo, militando, menstruando, batalhando pelo declínio do patriarcado, aprendendo sobre reprodução assexuada e, claro, fazendo sexo. Repentinamente, um jovem e perdido soldado busca refúgio nesta espécie de convento feminista. Sua chegada desperta uma pergunta crucial entre as internas: é possível haver igualdade em um sistema corrupto? Novo filme de Bruce LaBruce (Hustler White, O reich framboesa) sobre um mundo utópico sem homens.

Centro do Meu Mundo
(Alemanha / Áustria       – 2016| 115’) de  Jakob M. Erwa               

Depois de passar o verão em um acampamento, Phil volta pra casa e descobre que sua mãe, Glass, e sua irmã gêmea, Diane, não estão mais se falando. Não querendo entrar em conflito com a família em seus últimos dias das férias, Phil foge para sair com sua melhor amiga, para tomarem sorvete e se fantasiarem. Quando o ano letivo começa, um novo aluno chega – o belo e misterioso Nicholas. Apaixonado, Phil observa seu “crush” enquanto ele treina na pista de corrida depois da escola e se empolga quando Nicholas corresponde ao seus sentimentos. Porém, quando a volatilidade do primeiro amor vem à tona, Phil percebe que tem que resolver os problemas do passado, para poder lidar com as questões do presente.

Close-Knit
(Japão/ 2017 | 127’) de Naoko Ogigami                    

Aos 11 anos de idade, Tomo está totalmente entregue aos seus próprios métodos. A louça suja está empilhada na pia e oniguiri de supermercado é tudo o que tem para comer. A mãe solteira de Tomo costuma chegar tarde em casa, e bêbada. Quando um dia ela deixa a filha de vez, a garota tem que confiar na ajuda de seu tio, que a leva para morar com ele e sua namorada Rinko. Em seu primeiro encontro, Tomo fica pasmada ao descobrir que Rinko é transexual. Rinko imediatamente passa a tomar conta de Tomo. Ela não só prepara as refeições afetuosamente mas também é bem-sucedida em criar um novo lar para a garota. Mas em pouco tempo as rachaduras aparecem em seu ninho perfeito. Em tranquilas imagens concentradas, o filme retrata a sexualidade não normativa como uma forma natural de vida e descreve os valores familiares definidos não por convenção, mas por um ambiente de amor e carinho.

Contra a Lei (Reino Unido/ 2017|84’) de Fergus O’Brien           

Baseado no best-seller autobiográfico de Peter Wildeblood que conta a história de seu caso com um belo militar que ele encontrou em Picadilly e as consequências devastadoras de seu relacionamento. Wildeblood era um celebrado e bem relacionado jornalista no Daily Express, com uma gama de conhecidos que incluía Lord Montagu de Beaulieu. Sua jornada da Fleet Street (rua em que se concentravam os principais órgãos da imprensa britânica até os anos 1980) através de aviltamento público foi rápida. Ele foi preso sob a mesma legislação que enviou Oscar Wilde para Reading Gaol. Na prisão ele esteve sujeito a uma série de medidas terapêuticas “médicas” questionáveis as quais acreditava-se serem capazes de mudar sua orientação sexual. A importância do caso trouxe o debate sobre a homossexualidade para o domínio público e abriu caminho para a aprovação da Lei de Delitos Sexuais de 1967, que mudou a vida de milhares de homens gays com sua descriminalização parcial de atos homossexuais.

 Conversa Fiada (Taiwan/ 2016| 88’) de Hui-chen Huang           

“Anu é uma tomboy (mulher que tem na sua expressão de gênero elementos normalmente vistos como “”””masculinos””””). Casou-se muito jovem – como era habitual na Taiwan dos anos 1970 – e teve duas filhas; logo se divorciou de seu marido violento e criou as filhas sozinha. Desde então, seus relacionamentos afetivos foram com mulheres que, como ela, ganham a vida como carpideiras em velórios. É considerado um tabu na cultura taiwanesa questionar a vida amorosa das mães, mas é exatamente neste ponto íntimo que toca sua filha Hui-chen Huang. Mãe e filha iniciam juntas uma viagem ao passado, na qual Hui-chen confronta Anu com questões que atormentam Hui-chen há muitos anos. Em uma série de tomadas, as duas mulheres conversam sobre solidão, confiança e abuso – porém, estas conversas acabam em doloroso silêncio. Mudando de foco para medir a profundidade de seu relacionamento com a mãe, Hui-chen tenta entendê-la conversando também com irmãos e ex-amantes dela. Com isso, ela mostra um retrato de vidas transformadas e da condição de três gerações de mulheres em Taiwan.”

 Crepúsculo
(Islândia/ 2017|  111’) de Erlingur Thoroddsen        

Meses após terminarem o relacionamento, Gunnar recebe uma ligação estranha de seu ex-namorado, Einar. Ele parece perturbado, como se estivesse prestes a fazer algo terrível contra si. Gunnar dirige até a cabana isolada sob uma geleira onde Einar está escondido, e logo descobre que há mais coisas acontecendo do que ele imaginava. Enquanto os dois homens chegam a um acordo quanto ao seu relacionamento acabado, uma outra pessoa parece estar à espreita, do lado de fora da cabana, querendo entrar.

Discreet
(EUA / Brasil|2017   – 80’)  de Travis Mathews  

Depois de passar anos escondido e lutando contra seus demônios, um excêntrico andarilho retorna a casa onde cresceu e descobre que o homem que o abusou durante a infância – o responsável por todos os seus conflitos, angústias e dor – ainda está vivo. Fortalecido pelo tempo, experiências e reflexões vividas durante sua jornada, ele trama sua vingança. Enquanto isso, no rádio, um fluxo constante de slogans de direita brada contra tudo o que não é branco e heterossexual através do árido interior texano, escancarando a perigosa fragilidade masculina na América moderna.

Girl Unbound: A Guerra para Ser Ela Mesma
(EUA / Paquistão/ 2016 – 80’)    de Erin Heidenreich             

No Waziristão, “um dos lugares mais perigosos da Terra”, Maria Toorpakai desafia o Talibã, disfarçando-se de garoto para, assim, praticar esportes livremente. Mas, ao se tornar uma estrela em ascensão, sua identidade verdadeira é revelada, trazendo constantes ameaças de morte a ela e a sua família. Indiferentes, eles continuam a se rebelar por sua liberdade.

Cinema LGBT
Cena de “God’s Own Country”

God’s Own Country
(Reino Unido/ 2017| 105) de Francis Lee  

Johnny tem 25 anos e cuida da fazenda de sua família em Yorkshire, Inglaterra. Ele abriu mão da universidade ou de um emprego para trabalhar para seu pai, Martin, e sua avó. À noite, ele afoga suas frustrações em bebedeiras e sexo casual com outros homens. Quando Martin decide contratar o imigrante romeno Gheorghe para ajudar o filho na fazenda, Johnny se ressente por acreditar que consegue dar conta de tudo sozinho. Mas logo seu novo companheiro irá mostrar que entende do trabalho rural e, sobretudo, de suas angústias.

How to Talk to Girls at Parties
(EUA / 2016| 102) de John Cameron Mitchell

No Reino Unido do fim dos anos 1970, Enn, um jovem tímido e fã da nova febre punk, está pronto para se apaixonar. Até que ele conhece a etérea Zan, que acredita que o punk vem “de uma outra colônia”, uma de muitas pistas de que ela talvez não seja desse planeta. Uma história sobre o nascimento do punk, a exuberância do primeiro amor e o maior de todos os mistérios do universo: como conversar com garotas em festas? Do diretor John Cameron Mitchell (Hedwig – Rock, amor e traição, Shortbus).

Looping
(Alemanha/ 2016| 106) de Leonie Krippendorff                      

“Leila, 19 anos, busca por algo que não sabe o que é, mas quer se sentir viva. Ela se move de uma situação-limite a outra, sentindo a pulsação apenas quando se vê sobrecarregada, autodestrutiva ou em perigo. Frenja, 35 anos, quer recuperar a vida que tinha com o marido e a filha antes de adoecer. Mas ela está dominada pelo desejo de pôr todo seu amor para fora, e este sentimento não se vai. Ann, 52 anos, morou em vários países com outras pessoas, viu muito do mundo, amou e foi amada, mas não consegue se livrar de um invasivo sentimento de solidão.

Três mulheres de três gerações diferentes se encontram em um ponto bem relevante de suas vidas, em uma clinica psiquiátrica. Cresce entre elas uma forte ligação, cheia de energia, honestidade e erotismo.”

sinopse
“Call Me By Your Name”

Me Chame pelo Seu Nome
(Itália / França / Brasil / EUA| 2017|130) de Luca Guadagnino

Verão de 1983, norte da Itália. Elio Perlman, um jovem ítalo-americano, passa seus dias na vila de sua família, um antigo casarão do século XVII. Seus dias são repletos de composições ao piano e flertes com sua amiga Marzia. Um dia, o charmoso Oliver chega para ajudar o pai de Elio em sua pesquisa sobre cultura greco-romana. Sob o sol do verão italiano, Elio e Oliver descobrem a beleza do despertar de novos desejos que irão mudar as suas vidas para sempre.

Minha Mãe é Cor-de-Rosa
(Dinamarca/ 2017|75) de Cecilie Debell     

O performer Michael Richardt e sua mãe, Malou, são muito próximos. Mas questões importantes e não respondidas espreitam por baixo da superfície, e Michael, expressivo e extravagante por fora, guarda uma pesada história familiar. Na busca para entender suas origens, ele convida Malou para que se juntem numa viagem aos lugares mais importantes de seus passados. A mãe adora a cor rosa, seu filho pintou-se de azul, e a caravana rosa está pronta para partir.

Minha Maravilhosa Berlim Ocidental
(Alemanha| 2017/ 97’) de Jochen Hick

Na Berlin ocidental dos anos 1960, era possível encontrar bares onde os homens eram deixados por sua própria conta e risco  – um fato que faria da cidade um imã para jovens homens gays. Os protagonistas deste filme, todos membros ativos da comunidade ainda hoje, relembram estes primeiros anos na cidade. Suas memórias são as mesmas de uma comunidade que lutou de forma constante para sua existência, e de sua mudança até a queda do muro. Encarada com considerável repressão nos anos 1970, a identidade gay coletiva começa a emergir, e a “campanha homossexual da Berlim ocidental” pede a abolição do parágrafo 175 (que criminaliza atos homossexuais) e a derrubada do patriarcado. Prédios arruinados tornam-se locais para novas formas de se viver juntos como comunidades só de homens ou casas queer. Pegações, casos com alemães orientais, bares fetichistas (S&M), performances de drags nas passagens subterrâneas – uma espécie de felicidade anárquica ofusca o sofrimento passado. Uma década depois, a Aids atinge Berlim. Depois do filme Out in East Berlin, Jochen Hick explora os estilos de vida queer na parte ocidental da cidade e as raízes da fascinação que a metrópole ainda carrega como um refúgio – e não só para homens gays. Uma fascinante jornada no tempo apresentando material de arquivo nunca publicado.

Os Iniciados
(África do Sul / Alemanha / Holanda / França| 2017   – 88) de John Trengove
Cabo Oriental, África do Sul. Xolani, um solitário operário, ausenta-se de seu trabalho para ajudar nos ritos de circuncisão Xhosa de iniciação à masculinidade. Em um remoto acampamento em uma montanha, jovens se recuperam enquanto aprendem os códigos masculinos de sua cultura. Neste ambiente de machismo e agressão, Xolani cuida de Kwanda, um rebelde novato de Joanesburgo, que questiona os códigos patriarcais de iniciação, enquanto o próprio Xolani sofre entre seu mundo familiar tradicional e sua própria realização.

Os Objetos Amorosos
(Espanha |2016/      115) de Adrián Silvestre                 

Luz parte para a Itália em busca de um futuro melhor, deixando seu filho de dois anos de idade aos cuidados de sua família na Colômbia. Seu sonho europeu, todavia, começa a murchar quando ela se torna vítima de uma série de infortúnios. Ela assume seu novo status social e começa do zero trabalhando como faxineira. Inesperadamente, encontra Fran, uma pessoa tão extraordinária que a faz superar todos seus preconceitos. Juntos, eles decidem ser donos de suas próprias vidas: o mundo está à sua frente e Roma aos seus pés.

Porcupine Lake
(Canadá |2017/ 85) de Ingrid Veninger

Durante um quente e nebuloso verão no norte de Ontário, Bea (Charlotte Salisbury), com 13 anos de idade, deseja mais do que tudo ter uma melhor amiga, mas quando encontra a barulhenta Kate (Lucinda Armstrong Hall), ela consegue mais do que imaginava. Uma história sobre coragem, um amor de verão em uma pequena cidade e o mundo secreto das garotas.

Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas
(EUA / 2017| 108) de Angela Robinson  

Se por trás de todo grande homem há uma grande mulher, o psicólogo de Harvard Dr. William Moulton Marston deu a sorte grande de ter duas: sua mulher, Elizabeth Marston e a amante de ambos Olive Byrne. Além de ajudá-lo a aperfeiçoar o teste de detecção de mentiras, as mulheres da vida de Marston o ajudaram com suas pesquisas sobre o comportamento humano. Mas havia um preço que a família Marston devia pagar por suas ideias não-convencionais: o professor Marston e sua esposa foram ambos banidos da vida acadêmica, o que deixou a vida financeira de sua pesquisa e seu próprio sustento em risco. Apesar desses problemas, a família perseverou e a coragem e ímpeto desafiador frente às adversidades de Elizabeth e Olive levaram o professor à criação da mulher dos seus sonhos, a Mulher Maravilha, primeira super-heroína dos quadrinhos que logo se transformou em um fenômeno e um prato cheio para os censores da época.

Queercore: How to Punk a Revolution
(EUA        / 2017 – 83) de Yony Leyser

O que fazer quando a comunidade à sua volta não é aquela que você deseja? Em meados dos anos 1980, Bruce LaBruce e GB Jones, dois punks com então 20 anos, criaram um movimento conhecido como Homocore, que viria a ser chamado Queercore. Desiludidos com as demandas conformistas dos movimentos pelos direitos gays e com a agressividade do punk, eles decidiram criar sua própria revolução, direto de seus quartos. Essa teatralidade gay radical espalhou-se pelo cinema, música, zines, performances e pelo ativismo, tornando-se um movimento internacional de rebelião underground.

Santa & Andrés
(Cuba / França / Colômbia/ 2016| 105) de Carlos Lechuga               

Cuba, 1983. Santa é uma camponesa de 30 anos que trabalha em uma fazenda do estado. Perto dali vive Andres, um escritor homossexual de 50 anos que, de acordo com o governo, sofre de “problemas ideológicos”. Sempre que há um evento político na região, cidadãos comuns recebem a missão de monitorar suspeitos e impedir qualquer tipo de ato de oposição ao regime. Desta vez é Santa quem acompanhará a rotina de Andres durante os três dias que antecedem o evento. Aos poucos essas duas figuras aparentemente opostas descobrirão que há mais coisas que as unem do que as separam.

Signature Move
(EUA / 2017 – 82) de Jennifer Reeder

Um olhar divertido e sincero sobre as famílias modernas e as complexidades do amor em suas mais diversas formas. Zaynab (Fawzia Mirza) é uma advogada paquistanesa, muçulmana e lésbica de trinta e tantos anos. Morando em Chicago, começa um novo romance com Alma (Sari Sanchez), uma confiante e animada mulher americana de origem mexicana. A recém-enviuvada Parveen (Shabana Azni), após se mudar para a casa da filha Zaynab, passa os dias assistindo dramas paquistaneses na TV enquanto busca um possível marido para sua filha única. Rosa (Charin Alvarez), mãe de Alma, é uma ex-profissional de luta livre, o que deixa Zaynab fascinada, já que recentemente ela começou a treinar com Jayde, um ex-lutador profissional. Zaynab tenta esconder de sua mãe muçulmana tanto sua vida amorosa quanto sua incursão na luta livre, mas parece que ela sabe mais do que aparenta.

Sonho em Outro Idioma
(México / Holanda – 2017 100′) de Ernesto Contreras  

Uma língua indígena chamada zikril está em perigo, já que seus últimos falantes (Evaristo e Isauro, ambos com 70 anos de idade), por conta de uma antiga discussão, não conversam há mais de 50 anos. Martín, um jovem linguista, assumirá o desafio de reunir novamente os velhos amigos e convencê-los a voltarem a se falar uma vez mais, para que, assim, possa obter um registro gravado da língua e estudá-la. Contudo, escondido no passado, no coração da selva, mora um segredo oculto pela língua que torna difícil acreditar que o coração do zikril baterá novamente.

Tamara
(Venezuela / Uruguai / Peru         – 2016|110) de Elia Schneider

Um bem-sucedido advogado, com esposa e dois filhos, finalmente chega a um acordo sobre seu desejo de se tornar uma mulher. Ele está determinado a seguir seu coração, embora isso vá virar seu mundo de cabeça para baixo e colocar sua vida em risco. Assim começa sua viagem para a redesignação de gênero…

Thelma
(Noruega / França / Dinamarca / Suécia |2017/ 116’) de  Joachim Trier            

Thelma é uma jovem tímida que acaba de deixar a casa dos pais para estudar em Oslo, onde vive seu primeiro amor. Mas seu relacionamento é logo afetado pela intromissão opressiva de sua família, suas crenças religiosas fundamentalistas e sua habilidade única em afetar a vida de Thelma. Quando a jovem está chateada, coisas estranhas parecem acontecer. Os fenômenos sobrenaturais só aumentam, e ela descobre poderes que não consegue controlar. Enquanto busca respostas, seus pais severos e religiosos se preparam para o pior.

Tom of Finland
(Finlândia / Suécia / Dinamarca / Alemanha / EUA      | 2017 115) deDome Karukoski                  

A história de Touko Laaksonen, mais conhecido como Tom of Finland, um dos artistas gays mais icônicos do século XX. Depois do trauma do serviço militar durante a Segunda Guerra Mundial, Touko não teve mais paz, mesmo ao voltar para casa, onde vivia com a angústia de esconder sua homossexualidade. À medida que seus segredos pessoais e violência policial comprometem sua vida, Touko, inspirado pelas mesmas fardas que o oprimem, cria desenhos explícitos de homens musculosos em situações sexualmente desinibidas.

Vergel
(Argentina / Brasil| 2017 – 86’) de Kris Niklison

Um luto repentino leva uma mulher à beira da loucura. Trâmites funerários, calor e uma vizinha que vem regar as plantas, se juntam em um périplo emocional no qual é impossível distinguir o real do irreal.

FOCO GUS VAN SANT

Mala Noche (EUA/ 1985 |78) de Gus Van Sant               

Walt está apaixonado por um imigrante mexicano ilegal. O problema é que o rapaz, além de não estar nem um pouco interessado em Walt, nem ao menos fala o mesmo idioma e acha ele muito estranho. Além disso, o próprio Walt não sabe se realmente gosta de Johnny ou apenas o deseja fisicamente. Prêmio de Melhor Filme Experimental da Associação de Críticos de Los Angeles em 1987.

Garotos de Programa   (EUA/ 1991| 105) de Gus Van Sant

Mike e Scott são dois jovens garotos de programa que vivem nas ruas de Portland. Mike sofre de narcolepsia e pode dormir a qualquer momento e em qualquer lugar. Scott se rebela contra sua família milionária e poderosa. Eles viajam bastante pelos Estados Unidos e Itália e embarcam em uma viagem de autoconhecimento. Prêmio de Melhor Ator (River Phoenix) no Festival de Veneza em 1991 e Prêmio da Crítica Internacional no Festival de Toronto em 1991.

Até as Vaqueiras Ficam Tristes (EUA / 1993| 106) de Gus Van Sant                    

Sissy Hankshaw nasce com um polegar imenso, o que facilita bastante sua vida de caroneira através dos Estados Unidos, a qual desde jovem se dedica. Ela se torna uma modelo de publicidade e seu agente, “a Condessa”, a envia para um rancho de vaqueiras na Califórnia para filmar um um comercial de produtos de higiene íntima num estranho rancho de vaqueiras. Seleção oficial do Festival de Veneza, 1993.

Um Sonho Sem Limites (EUA           / 1995| 106) de Gus Van Sant                    

Suzanne Stone é uma repórter do tempo em uma estação de TV a cabo em uma pequena cidade, mas sonha em ser uma grande âncora do noticiário. Entretanto, quando seu marido pede para ela interromper sua carreira para ter filhos, Suzanne decide matá-lo. Para isso, ela contrata Jimmy, um estudante que está apaixonado por ela, mas o plano não funciona exatamente como ela pretendia. Prêmio de Melhor Atriz em Comédia ou Musical (Nicole Kidman) no Globo de Ouro em 1996.

Elefante (EUA            / 2003| 81) de Gus Van Sant          

Enquanto a maior parte da escola Watt High School, nos arredores de Portland, Oregon (EUA), está envolvida em atividades cotidianas, dois estudantes, Alex e Eric, esperam, em casa, a chegada de uma metralhadora semiautomática, com altíssima precisão e poder de fogo. Munidos de um arsenal que vinham colecionando, os dois partem para a escola, onde serão protagonistas de uma grande tragédia. Vencedor da Palma de Ouro e de Melhor Direção no Festival de Cannes em 2003.

 Milk: A Voz da Igualdade (EUA/ 2008| 128) de Gus Van Sant               

Em 1972, Harvey Milk e seu namorado Scott Smith, mudam-se de Nova York para São Francisco. Milk, determinado a fazer algo importante em sua vida, abre uma loja de câmeras no distrito de Castro e ajuda a transformar a área em um ponto de encontro para gays e lésbicas, que ganham força política e economicamente na região. Em 1977, ele torna-se um dos primeiros homossexuais assumidos da nação eleito para um cargo público, quando assume um cargo no Conselho de Supervisores. Vencedor do Oscar de Melhor Ator (Sean Penn) e Roteiro Original em 2009.

MOSTRA RECAP

A Glória e a Graça (Brasil/ RJ| 2017| 93) de Flávio Ramos Tambellini                 

A travesti Glória é bem-resolvida, bem-sucedida e dona de um badalado restaurante no Rio. Mas ela tem sua vida virada do avesso quando é procurada pela irmã, Graça, com quem não fala há 15 anos e que ainda a chama pelo nome de Luiz Carlos. Graça está com um aneurisma e tem um objetivo: convencê-la a tomar conta dos sobrinhos – uma menina de 15 anos e um garoto de oito.

Corpo Elétrico (Brasil/ SP| 2017 -94) de Marcelo Caetano          

O verão está chegando e Elias tem sonhado muito com o mar. Na fábrica em que trabalha, as responsabilidades aumentam à medida em que o fim de ano se aproxima. Depois de uma noite fazendo hora extra, Elias e os operários decidem sair e tomar uma cerveja. É quando novas possibilidades de encontros surgem no horizonte de Elias.




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