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Após a repercussão da entrevista de Leo Dias ao GAY BLOG BR, a revista IstoÉ e o jornal O Dia (IG) destacaram a parte a qual o famoso jornalista responde à pergunta “Quem seria o gay mais inteligente do Brasil?”. Dias havia respondido: “Hummmmm… Felipe Neto”.

Felipe Neto, que se identifica como heterossexual e frequentemente se posiciona positivamente com a causa LGBT+, comentou em seu Twitter de forma indireta:

“Nada no mundo me incomoda menos do que ser chamado de gay. Considero o mesmo que me chamar de ‘goiabeira’, ou ‘bibliotecário’. Gay só é ofensa, ou algo pejorativo, na mente de bolsominion”, escreveu no microblog.

Neto ainda recomendou ao colunista Eliseu Neto a dar a seguinte resposta para afirmar ou perguntar se ele é gay: “Fala q eu sou, cara, é mais fácil. Tu vai falar ‘não’, aí a pessoa vai falar ‘ah, eu acho que é’, aí tu vai falar: ‘mas ele tem namorada’, a pessoa vai falar ‘ah vários gays são casados com mulheres’. É mais rápido falar ‘é, é sim’ e deixar a pessoa seguir a vida hahahahahha”.

eliseu felipe neto bolsominion gay

Por voto popular, Felipe Neto venceu na categoria “iniciativa do ano” no POC AWARDS 2019

Em fevereiro, o youtuber Felipe Neto recebeu o troféu da premiação POC AWARDS 2019 pela categoria “Ativo 19 – Iniciativa do ano” pela voto popular. O influencer foi indicado ao prêmio pelo seu ativismo na Bienal do Livro de 2019 contra a tentativa de censura de Marcelo Crivella, prefeito do Rio de Janeiro, a uma HQ da Marvel que exibia dois personagens homens se beijando. Neto disputou o troféu com Burger King Brasil, Centro de Referência da Prefeitura de Belo Horizonte, Coordenação de Políticas para LGBTI da Prefeitura de SP e Unaids.

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Se alguém falasse para o Felipe Neto de 20 anos de idade que, aos 32, ele receberia um prêmio do grupo @GayBlogBR pela “Iniciativa do Ano”, ele provavelmente ficaria confuso. Não é fácil se desprender de conceitos homofóbicos enraizados desde a infância, mas sem dúvida é muito mais fácil do que ser a vítima desse preconceito. Há anos eu tracei o objetivo de tentar evoluir todos os dias para incluir a diversidade e tentar dar voz aos que são constantemente silenciados por um sistema elitista e controlado por homens brancos heterossexuais. Nós costumamos pensar que a luta pelos direitos LGBTQI+, a luta pelos direitos dos negros, das mulheres e de outras minorias, é uma pauta apenas DELES e que nós não temos nada a ver com isso. Sim, a luta é deles, mas não foram eles que se colocaram na condição de vítimas. Fomos nós que marginalizamos, excluímos e dominamos as minorias, para assim controlarmos o protagonismo do mundo. E enquanto nós, homens brancos cisgêneros, não entendermos que somos nós que devemos mudar, o mundo continuará um lugar injusto e opressor. Então, se a mudança depende também de nós, quando sentamos na janelinha e observamos toda a desigualdade e desespero de pessoas oprimidas enquanto tomamos nosso chá e apenas falamos “eu respeito gays”, nós continuamos sendo parte do problema. Não adianta só respeitar, é preciso agir, é preciso questionar nossos amigos, combater a piadinha institucionalizada, ser um agente de mudança e não apenas um ser humano que faz o mínimo. Eu me comprometo a continuar tentando fazer a minha parte, com erros e acertos, e convido a todos os que estão em posição de privilégio a tentarem fazer o mesmo. Muito obrigado ao @GayBlogBR pelo reconhecimento em saber que estou no caminho certo, esse prêmio serviu para mostrar o quão importante foi a ação na Bienal e o quanto nós podemos ajudar nessa luta daqui da posição do privilégio. E por falar nisso, por favor, vamos dar voz aos incríveis criadores de conteúdo e que fazem parte da comunidade LGBTQI+! Aqui estão alguns que eu recomendo a vocês seguirem: @gayblogbr @poenaroda @hmcpedro @divadepressao @sapatour @canaldasbee @mandycandyreal @temperodrag @lucca.najar @canalapto202

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1 COMENTÁRIO

  1. […] “O Cala-Boca Já Morreu será um grupo da sociedade civil que vai lutar contra o autoritarismo e que será movido pelo princípio de que quando um cidadão é calado no exercício do seu legítimo direito de expressão, a voz da democracia se enfraquece. Não podemos nos calar. Não podemos deixar que nos calem e não vamos”, afirma Felipe Neto. […]