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O YouTuber Felipe Neto está organizando uma frente de advogados para assumir a defesa gratuita de todas as pessoas que forem investigadas ou processadas por se manifestarem contra Jair Bolsonaro. As informações são da Folha de São Paulo.

A frente foi nomeada como “Cala a Boca Já Morreu” e será integrada pelos escritórios de André Perecmanis, Augusto de Arruda Botelho, Beto Vasconcelos e Davi Tangerino, que estão entre os especialistas mais respeitados neste tema.

Qualquer pessoa que não possua advogado constituído poderá acionar a equipe responsável por meio de uma landing page, uma página na internet, poderá acionar a equipe responsável.

“A liberdade de expressão no Brasil está sob ataque de violentos inimigos da democracia. Querem intimidar e silenciar a todos aqueles que criticam autoridades públicas, eleitas pelo povo, e que exercem o poder que têm em nome desse mesmo povo. E para isso, se armam da Lei de Segurança Nacional, herança do passado mais terrível e assombroso do país: a ditadura militar”, destaca Augusto de Arruda Botelho.

Felipe Neto cria frente de advogados para defender gratuitamente todos que criticarem Bolsonaro
Reprodução

“O Cala-Boca Já Morreu será um grupo da sociedade civil que vai lutar contra o autoritarismo e que será movido pelo princípio de que quando um cidadão é calado no exercício do seu legítimo direito de expressão, a voz da democracia se enfraquece. Não podemos nos calar. Não podemos deixar que nos calem e não vamos”, afirma Felipe Neto.

A iniciativa ocorre após o YouTuber ser intimado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro no último dia 15 de março para depor em uma investigação por “crime contra a segurança nacional” ao chamar Bolsonaro de genocida no Twitter. A investigação foi aberta a pedido de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que protocolou uma petição fazendo a denúncia.

O delegado Pablo Sartori, que intimou Felipe Neto, tem um histórico de atos favoráveis à família Bolsonaro. Em novembro, ele indiciou Felipe Neto por suposta corrupção de menores. Também atendendo à família presidencial, o policial indiciou o artista carioca Diadorim por uma performance em que segurava a cabeça de Bolsonaro.

Antes disso, o ministro da Justiça, André Mendonça, acionou a Polícia Federal para investigar cartunistas e jornalistas que criticaram Bolsonaro.




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Jornalista formado pela PUC do Rio de Janeiro, dedicou sua vida a falar sobre cultura nerd/geek. Gay desde que se entende por gente, sempre teve desejo de trabalhar com o público LGBT+ e crê que a informação é a a melhor arma contra qualquer tipo de "fobia"