O partido de extrema direita que está no poder na Itália (Fratelli d’Italia) foi condenado a pagar uma indenização a um casal homoafetivo pelo uso indevido de uma imagem em que os dois aparecem com o filho recém-nascido, fazendo uma propaganda contra a gestação por barriga de aluguel.
A Justiça da determinou que partido de extrema direita pague 20 mil euros (cerca de R$ 108 mil na atuação cotação) para reparar os danos emocionais de BJ Barone e Frankie Nelson, que tiveram seu filho Milo por meio deste método em 2014.
“Este veredicto representa um triunfo modesto para nós, mas representa um grande passo em frente para a comunidade LGBTQ+ na Itália e em todo o mundo. Nossa fotografia personifica os princípios que defendemos: família, inclusão e amor incondicional”, declarou o casal à BBC.

“Essa conquista sobre os Fratelli d’Italia e sobre a primeira-ministra nos permite retomar o controle sobre nossa imagem e demonstrar globalmente que o amor é o alicerce da família.”, continuaram.
Já a foto em si foi tirada por Lindsay Foster no ano de 2014, e, além do partido de extrema direita, também foi utilizada de modo ilegal pela irlandesa Mary Fitzgibbons neste mesmo ano como parte da campanha em oposição à gestação de aluguel e adoção de crianças por casais homoafetivos.

ESTUDOS SOBRE ADOÇÃO DE CRIANÇAS POR CASAIS LGBTQIA+
Um estudo conduzido pela Associação Internacional de Psicologia revelou que crianças adotadas por casais LGBTQIA+ apresentam níveis saudáveis de desenvolvimento emocional, social e acadêmico. Os lares formados por esses casais são frequentemente caracterizados por relações afetivas estáveis, onde os valores de respeito à diversidade, aceitação e igualdade são enfatizados desde cedo.
A Dra. Maria Silva, psicóloga especializada em desenvolvimento infantil, destaca: “O mais importante para o crescimento saudável de uma criança é o ambiente de amor e cuidado que ela recebe. Casais LGBTQIA+ muitas vezes passam por um processo de adoção mais rigoroso, o que reforça o comprometimento com a parentalidade responsável.”
Uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Estudos Familiares descobriu que os filhos adotivos de casais LGBTQIA+ frequentemente desenvolvem vínculos fortes com seus pais, caracterizados pela comunicação aberta e pela capacidade de enfrentar desafios de forma resiliente. Esses vínculos são essenciais para a construção de uma base emocional sólida, que auxilia no enfrentamento das adversidades ao longo da vida.
O pesquisador Dr. André Santos observa: “As famílias LGBTQIA+ muitas vezes têm experiências de superação e apoio mútuo que enriquecem o ambiente de crescimento das crianças. Isso contribui para a formação de indivíduos confiantes e empáticos.”
Apesar dos avanços sociais, ainda há desafios a serem enfrentados por casais LGBTQIA+ que desejam adotar. Um estudo da Universidade Nacional de Educação constatou que crianças adotadas por esses casais podem enfrentar situações de discriminação ou preconceito, porém, a maneira como os pais lidam com essas situações influencia diretamente o bem-estar da criança.
A professora Ana Oliveira, especialista em estudos de gênero, ressalta: “A maneira como os pais LGBTQIA+ enfrentam o preconceito pode ser uma oportunidade de ensino valiosa para seus filhos. A empatia e a resiliência são valores que podem ser transmitidos de maneira poderosa.”
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