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O deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) iniciou, na quinta-feira (7), a coleta de depoimentos de pessoas que se consideram vítimas das controversas terapias de conversão sexual, a “cura gay”. Estes relatos servirão de base para as atividades de um grupo de estudos sobre o assunto liderado por ele na Câmara dos Deputados. As informações são da coluna Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Os relatos serão recebidos através de uma plataforma desenvolvida pelo gabinete do parlamentar, intitulada “Amar Não É Doença”, slogan de sua campanha contra essa prática. Segundo Vieira, o objetivo é ouvir essas pessoas “de maneira empática e anônima”, resguardando suas identidades.

Nesta semana, o grupo de estudos estabelecido pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara realizou sua segunda reunião. Além de ouvir testemunhos daqueles que passaram pelo processo, o grupo pretende nos próximos dias ouvir pesquisadores, líderes religiosos e representantes de organizações e movimentos contrários às terapias.

Deputado Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ) -  (crédito: Renato Araujo/Câmara dos Deputados)
Deputado Pastor Henrique Vieira (foto: reprodução/Renato Araujo/Câmara dos Deputados)

Ao término dos trabalhos do grupo de estudos, previsto para 20 de março, um relatório será entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Ministério dos Direitos Humanos e ao Ministério da Saúde.

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Pesquisa

O objetivo desse comitê, composto por parlamentares de esquerda como Erika Hilton (PSOL-SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Duda Salabert (PDT-MG), é examinar a situação atual das práticas de terapias de conversão e propor medidas para erradicá-las do país, conforme explica Henrique Vieira.

Questionado se o grupo estaria aberto a ouvir deputados, organizações e líderes religiosos que defendem essa prática, Vieira respondeu categoricamente: “De jeito nenhum“.

Eu convidaria Nikolas Ferreira [deputado bolsonarista do PL de Minas Gerais]? Se ele quiser debater comigo no plenário, na comissão, na televisão, estamos abertos ao debate. Mas não no grupo de estudos. Seria como criar um grupo para investigar violência racista com pessoas que negam a existência do racismo“, acrescenta.

Foto: reprodução/NelsonAlmeida

Conhecida também como “cura gay”, a terapia de conversão é frequentemente oferecida por instituições religiosas com o propósito de tentar converter pessoas LGBTQIA+ à heterossexualidade. Esse serviço é proibido pelo Conselho Federal de Psicologia, que argumenta ser impossível curar uma condição que não é uma doença.

Como fundador da Igreja Batista do Caminho, Vieira afirma já ter testemunhado pessoas em estado de pânico após passarem por “tratamentos de reversão”. Para ele, essa prática deveria ser considerada uma forma de tortura psicológica e, portanto, banida do país.

Projeto de lei busca punir programas de ‘cura gay’




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