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Aos 46 anos, Reynaldo Gianecchini cedeu uma longa entrevista à Ruth de Aquino, do jornal O Globo. Entre vários assuntos, Gianecchini se posicionou sobre a censura de Crivella na Bienal do Rio e, sim, que já teve romances com homens.

Reynaldo Gianecchini Foto: Cristiano Madureira
Reynaldo Gianecchini Foto: Cristiano Madureira

“Todo mundo fala da minha sexualidade, né? Me cobram muito, “quando é que você vai sair do armário?”. Primeiro, quero falar para essas pessoas: antes de você achar tão interessante a sexualidade dos outros, dá uma olhadinha na sua. Talvez ela tenha mais nuances do que você pensa. Eu reconheço todas as partes dentro de mim: o homem, a mulher, o gay, o hétero, o bissexual, a criança e o velho. Como dentro de todo mundo. A sexualidade é muito mais ampla e as pessoas são levianas. Querem te encaixar numa gaveta, e eu não consigo, porque a sexualidade é o canal da vida e a minha sexualidade não cabe numa gaveta. Nossas questões e tabus passam por esse canal. Não é à toa que cada um tem seus fetiches, suas particularidades. E não tenho vontade de falar com quem estou transando, não preciso falar. Prezo minha liberdade de não citar nomes e proteger minha privacidade”, revela.

Reynaldo Gianecchini Foto: Cristiano Madureira / Cristiano Madureira
Reynaldo Gianecchini Foto: Cristiano Madureira

Em seguida, ao ser perguntado se já havia transado com outros rapazes, a resposta veio sem rodeios: “Já tive, sim, romances com homens e acho que é esse o momento de dizer isso. Mas nunca me senti obrigado a empunhar bandeira de homossexualidade. O desejo para mim não passa pelo gênero e nem pela idade. Demorei para falar porque isso esbarra sempre no tamanho do preconceito no Brasil. Mas agora é importante reafirmar a liberdade, por mim e por quem enfrenta repressão”, contou.

Reynaldo Gianecchini Foto: Cristiano Madureira
Reynaldo Gianecchini Foto: Cristiano Madureira

Por mais que muitos leitores digam que a revelação pública do ator não seja bem uma novidade, o depoimento de Reynaldo aparece como um hino para uma nação doente nas questões sociais e políticas. A visibilidade dessa entrevista fomenta questões igualitárias e muitas outras urgências. Como disse o ator Luis Miranda: ‘toda vez que alguém sai do armário, ajuda o outro’.

Reynaldo Gianecchini Foto: Cristiano Madureira
Reynaldo Gianecchini Foto: Cristiano Madureira

“Eu tinha pânico de ser chamado de viadinho. Um documentário que indico a todos os meus amigos com filho menino se chama “The mask you live in”. O índice de suicídios de meninos é impressionante. Eu me identifiquei, chorei muito. Não conseguia nem jogar bola direito, travava. Era coisa de menino e eu gostava de jogar vôlei. O homofóbico é aquele que não quer olhar para a própria sexualidade. Para quem está bem com a sua, não importa a do outro”, disse ao ser perguntado se estamos vivendo numa encruzilhada moral.

Em entrevista para o caderno Ela, do Jornal O Globo, Gianecchini fala abertamente sobre amor, repressão, liberdade, machismo e sedução
Reynaldo Gianecchini Foto: Cristiano Madureira

Na entrevista, Reynaldo também fala sobre Marília Gabriela, cenas com masturbação, machismo tóxico e variedades de sua carreira. O link (para assinantes) é este.

A problematização com os atores héteros em ‘Me Chame Pelo Seu Nome’




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