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Após o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciar as investigações perante a autorização da compra de 60 próteses penianas no valor de R$ 3,5 milhões para unidades ligadas ao Exército, dois hospitais informaram em documentos que a aquisição das próteses infláveis ocorreram por serem semelhantes a “ereção fisiológica”.
“Conforme relatório técnico, a prótese inflável é a prótese que mantém maior semelhança com a ereção fisiológica, pois há um mecanismo para fazer o pênis ficar ereto e voltar ao seu estado normal, além disso possui menor percentual de extrusão”, justificaram.
As próteses variam entre 10 e 25 centímetros e os números foram encontrados no Portal da Transparência. Com as próteses, os usuários podem ter relações sexuais sempre que desejarem, apesar de elas não aumentarem o tamanho do pênis.
Além das próteses infláveis, as Forças Armadas também aprovaram a compra de 35.320 comprimidos de Sildenafila, o nome genérico do Viagra, medicamente usado para disfunção erétil. A maior parte dos comprimidos foram destinados à Marinha, com 28.320 comprimidos, seguido do Exército, com 5 mil comprimidos, e a Aeronáutica, com 2 mil comprimidos.

O deputado Elias Vaz (PSB-GO) pediu explicações ao Ministério da Defesa sobre a aquisição dos medicamentos sobre disfunção erétil. “Precisamos entender por que o governo [Jair] Bolsonaro está gastando dinheiro público para comprar Viagra, e nessa quantidade tão alta. As unidades de saúde de todo o país enfrentam com frequência falta de medicamentos para atender pacientes com doenças crônicas, como insulina, e as Forças Armadas recebem milhares de comprimidos de Viagra. A sociedade merece uma explicação”, disse em nota.
A Marinha e o Exército responderam que os processos de aquisição são para o tratamento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar, “doença grave e progressiva que pode levar à morte”. No entanto, o UOL Notícias conversou com a pneumologista coordenadora da Comissão de Circulação da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisilogia, Verônica Amado, e ela explicou que a dosagem de 25 mg não é prevista para tratar essa condição.
“A sildenafila foi liberada em bula para hipertensão arterial pulmonar na dose de 20mg, que pode ser receitada na posologia de 20mg de 8/8 horas até o máximo de 80mg (quatro comprimidos) de 8/8 horas. A programação terapêutica é feita com essa dose. Usar doses de 25mg (como a do Viagra) não traz impactos graves à saúde, porém, segue programação e posologias diferentes das estudadas, com doses excedentes ou inferiores às recomendadas”, disse a especialista.
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