O Instituto Moreira Salles (IMS) passou a ser o responsável pelo acervo da renomada fotógrafa Vania Toledo, que ficou conhecida por suas imagens icônicas da cena cultural e noturna dos anos 80s em São Paulo. Este arquivo, composto por mais de 250 mil fotogramas, inclui retratos de personalidades como Ney Matogrosso, Gal Costa, Cazuza, Rita Lee, Pelé e muitos outros.

Um dos destaques desse acervo é o ensaio “Homens”, no qual Ney Matogrosso posou nu dentro de uma banheira, em uma sessão de fotos que ocorreu há mais de quatro décadas. As imagens desse ensaio, juntamente com outras obras da fotógrafa, serão preservadas e cuidadas pelo IMS. Se você tiver mais 18 anos, pode conferir o registro aqui.

Vania Toledo, conhecida por seu talento em retratar a vida noturna, a cultura e as celebridades paulistanas, faleceu em 2020 aos 75 anos. Agora, o IMS assumirá a responsabilidade de zelar por seu legado e compartilhar suas obras com as gerações futuras. Ainda não há previsão para mostras e exposições.
O acervo de Vania Toledo não apenas capturou o espírito vibrante e efervescente da noite paulistana na década de 80, mas também documentou personalidades, artistas e ícones culturais da época, fornecendo um registro valioso desse período importante da história cultural brasileira.

BIOGRAFIA
Nascida em Minas Gerais, Vania Toledo chegou em São Paulo em 1961. Antes de seguir a carreira fotográfica, trabalhou com livros didáticos no departamento de educação e pesquisas especiais da Editora Abril, entre 1969 e 1979, e foi professora de história no Colégio Duque de Caxias, em Osasco, São Paulo, de 1970 a 1973.
Graduou-se em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) em 1973. Autodidata, começou a fotografar amadoramente, e se tornou pioneira no registro da noite paulistana. Iniciou a carreira de fotógrafa em 1978, como colaboradora do jornal Aqui São Paulo. Assumiu o posto de editora de fotografia em 1979.
Vania ganhou projeção com o livro e exposição Homens (1980), em que fotografou 28 homens nus, entre eles Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Nuno Leal Maia, Walter Franco e Roberto de Carvalho.
Durante sua carreira, publicou quatro livros. Também fotografou diversas encenações como O Balcão (1969), Macunaíma (1978), Hair (1968), Fala baixo senão eu grito (1969), O Mistério de Irmã Vap (1988) e A vida é sonho (1991).
Em 1981 abriu seu próprio estúdio, onde produziu fotos para revistas como Vogue, Interview, Claudia, Veja, IstoÉ, Time e Life. Foi agraciada em 2007 com a Ordem do Mérito Cultural.
A fotógrafa faleceu em 16 de julho de 2020 em função de uma infecção urinária, que levou a uma septicemia e arritmia cardíaca.
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