O Vaticano divulgou uma lista na semana passada confirmando que o jesuíta americano James Martin, conhecido defensor dos católicos LGBTQIA+, estará no sínodo dos Bispos, que é um grande encontro que reúne bispos católicos do mundo todo com o Papa Francisco para discutir questões importantes para a Igreja Católica. O encontro está marcado para outubro. As informações são da CNN Brasil.
O Papa Francisco já disse, ao longo dos 10 anos de seu papado, que alcançar os católicos LGBTQIA+ era uma prioridade. Uma das questões debatidas no próximo sínodo será justamente como dar as boas-vindas a esse grupo. Já Francis DeBernardo, chefe de um grupo com sede nos Estados Unidos que defende católicos LGBT+, chamou de “esperançoso” que Martin, assim como vários bispos americanos que expressaram abertura para melhorar a inclusão dos fiéis de orientações sexuais diversas, participem do encontro.
Outra novidade será a presença de mulheres com direito a voto e, entre os nove presidentes da assembleia, há duas mulheres: a freira mexicana María de los Dolores Palencia e a japonesa Momoko Nishimura. Outras cinco mulheres entre os dez representantes dos Sindicatos de Superiores e Superioras Gerais.A segunda fase do processo sinodal continuará em 2024 e, após sua conclusão, o Papa Francisco deverá emitir um documento considerando as propostas apresentadas.
Vale dizer que o Papa Francisco disse em janeiro que os países que criticam as leis que criminalizam a homossexualidade devem agir para acabar com “leis injustas” que afirmam o contrário. “Ser homossexual não é crime”, disse o papa Francisco. “Não é crime. Sim, mas é um pecado. Tudo bem, mas primeiro vamos distinguir entre um pecado e um crime. Também é pecado não ter caridade com o próximo”, acrescentou o pontífice argentino na época em uma entrevista à Associated Press.
Na entrevista, Francisco ainda reconheceu que lideranças católicas, em algumas partes do mundo, apoiam leis que criminalizam a homossexualidade ou discriminam a comunidade LGBTQIA+. “Esses bispos precisam ter um processo de conversão”, afirmou, acrescentando que tais lideranças devem agir com ternura — “Por favor, como Deus tem por cada um de nós”. Segundo o papa, este tipo de atitude está relacionada às origens culturais.
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