João Côrtes, de 27 anos, se mudou para Los Angeles, nos Estados Unidos, há duas semanas. Fora do Brasil, ele pretende abrir portas para uma carreira artística internacional. Em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do O Globo, o ator falou sobre a decisão de morar fora do país e de declarar publicamente sua sexualidade.

“Sempre tive o desejo de morar aqui e trabalhar na indústria de Hollywood. Em 2018, fiz uma viagem para Los Angeles com o meu pai, justamente para encontrar pessoas, fazer contatos e entender a cidade. Ali, tive a certeza de que um dia moraria aqui”, iniciou o ator, em conversa com a colunista.
“Pouco depois, comecei o processo para tirar meu visto de trabalho, mas veio a pandemia e tudo demorou muito para acontecer. Ou seja, venho me preparando, estrutural e emocionalmente, para dar esse passo faz tempo“, contou Côrtes à jornalista.
Antes de deixar o Brasil em busca do seu sonho, ele gravou a série de humor “Encantado’s”, do Globoplay. Na trama, Côrtes viverá Celso Tadeu, artista que sonha brilhar nos palcos da Broadway e trabalha como anunciante de produtos de um supermercado. Quando chega a noite, o personagem assume a função de coreógrafo da comissão de frente de uma escola de samba.

Desde que se declarou publicamente gay, Côrtes diz que batalha para não ter o trabalho limitado a sua sexualidade. “Ser gay não me limita a viver os mais diversos personagens. Como ator, eu empresto a minha imagem para viver vidas, tenham essas personagens características minhas ou sejam totalmente diferentes”, pontuou o ator.
“No meu novo trabalho em “Encantado’s”, vivo um personagem gay, e isso foi maravilhoso. Mas não limita em nada para um papel futuro. Pelo contrário, me potencializa cada vez que eu vivo na tela algo que não vivi anteriormente“, acrescentou.
A decisão de falar publicamente sobre sua sexualidade, surgiu por entender a importância da representatividade. “Vivemos tempos sombrios em que opressores se sentem legitimados. Embora numa posição de privilégio, reforço sempre isso, entendo o quanto não me calar ou não me isentar é necessário”, afirmou Côrtes.
“Ao mesmo tempo, posterguei falar sobre, não por medo, porque sempre fui acolhido na minha família, no ambiente de trabalho e pelos amigos. Mas para que isso não fosse usado pela mídia como algo exploratório ou puramente midiático, como vi acontecer com muitos colegas artistas“, explicou.

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