O parlamento da Nova Zelândia votou, praticamente por unanimidade, uma legislação que proíbe a terapia de conversão sexual, que no Brasil ficou conhecida como “cura gay”. Foram 112 votos a favor da proibição e 8 votos contra. As informações são da Reuters.
“Este é um grande dia para as comunidades do arco-íris na Nova Zelândia”, disse o Ministro da Justiça Kris Faafoi, “As práticas de conversão não têm lugar na Nova Zelândia moderna”, continuou.
Em nota oficial, o governo da Nova Zelândia disse que as “práticas de conversão não funcionam, são massivamente descreditadas e causam danos psíquicos”. Aqueles que forem pegos usando a “terapia de conversão sexual” podem pegar até três anos de prisão.
O país está seguindo uma tendência de vários outros países ao redor do mundo, como a França, Canadá, México e o próprio Brasil.

CURA GAY, POR QUE ELA É PROIBIDA?
Segundo o vídeo “Existe Cura Gay?” do Nerdologia, existem muitas características nossas que queremos mudar e não necessariamente se tratam de doenças, citando que uma ruga na testa, por exemplo, dificilmente será considerada uma doença pela sociedade, mas a pessoa pode procurar um cirurgião plástico para aplicar botox e se livrar dela.
Partindo dessa premissa, uma pessoa pode saber que homossexualidade não é doença e mesmo assim, por crenças e valores morais, ela queira sair daquela condição, já que isso é motivo de sofrimento. Ou seja, a pessoa sente atração sexual por pessoas do mesmo sexo, mas gostaria de desejar o sexo oposto.
Ignorando o fato daqueles que renunciam seu desejo sexual em prol de viver uma vida heteronormativa sob o argumento religioso de que “isso é o certo”, um estudo científico publicado em 2008 pela Ohio State University em parceria com a University of Minnessota, avaliou todas as tentativas de terapia publicadas nos últimos cinquenta anos, incluindo psicoterapia individual ou coletiva; tratamento eletroconvulsivo; indução de náusea ou vômito; hipnose e reorientação de orgasmo.
Todas as tentativas falharam em reorientar o desejo sexual dos pacientes, causando aumento no número de depressões profundas, disfunções sociais, pensamentos suicidas e outros danos psicológicos. O estudo também concluiu que essas tentativas não tinham fundamentação teórica, haviam sérias falhas metodológicas e violavam princípios éticos e direitos humanos.
Já um outro estudo publicado na Professional Psychology: Research and Practice 33, fez uma entrevista com mais de 200 clientes que passaram pela terapia de reorientação sexual. Destes, apenas 26 declararam que a terapia era de alguma ajuda e só 9 disseram passar a desejar o sexo oposto. Já o restante, os danos psicológicos foram os mesmos citados anteriormente.
Os testes de hipótese apontam que, assim como os héteros não mudam sua orientação sexual pela presença de gays (ou seja, não há nada que faça a pessoa desejar o mesmo sexo), os homossexuais também não são convertidos em héteros.
A conclusão é de que não existe nenhum método que reoriente o desejo sexual de ninguém, já que a homossexualidade se trata de mais uma variação da natureza. Além disso, os gays que buscam ajuda por estarem sofrendo devido a sua condição, param de sofrer quando aceitam sua homossexualidade e não são mais perseguidos por aqueles que estão a sua volta.
O que acaba com o sofrimento é a aceitação, não a reorientação.
Junte-se à nossa comunidade
Mais de 20 milhões de homens gays e bissexuais no mundo inteiro usam o aplicativo SCRUFF para fazer amizades e marcar encontros. Saiba quais são melhores festas, festivais, eventos e paradas LGBTQIA+ na aba "Explorar" do app. Seja um embaixador do SCRUFF Venture e ajude com dicas os visitantes da sua cidade. E sim, desfrute de mais de 30 recursos extras com o SCRUFF Pro. Faça download gratuito do SCRUFF aqui.
You must log in to post a comment.