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Na última terça-feira, dia 8 de agosto, o Conselho Nacional do Ministério Público decretou por unanimidade a proibição de expressarem posicionamento contrário à adoção de crianças e jovens com base na orientação sexual dos futuros pais. A determinação veio de uma solicitação feita em junho pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), que visava prevenir a obstrução dos esforços de casais homoafetivos para finalizarem procedimentos de adoção. As informações são da coluna de Lauro Jardim em O Globo.

Contarato participou da reunião e expressou sua gratidão pela empatia dos membros do conselho. Durante o processo de adoção de seu filho Gabriel, o senador encontrou resistência do Ministério Público, que negou seu pedido de dupla paternidade e, em março deste ano, o senador venceu uma ação judicial pela conduta homofóbica de um promotor de Justiça do Espírito Santo na adoção de seu filho em 2017.

Conselho Nacional do Ministério Público impede que membros se oponham à adoção de crianças por casais LGBTQIA+Conselho Nacional do Ministério Público impede que membros se oponham à adoção de crianças por casais LGBTQIA+
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Em março, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo condenou o estado a pagar R$ 12,7 mil a Contarato e outros R$ 12,7 mil a Rodrigo, por causa da conduta do promotor Clóvis Barbosa Figueira. Eleito em 2018, Contarato é o primeiro senador gay do Senado Federal “Agora, após o trânsito em julgado, ocorre a fase de cumprimento de sentença. O Estado do Espírito Santo foi condenado por danos morais pelo ato do promotor, e o Judiciário determinou que o Estado do Espírito Santo pague, de fato a indenização”, explicou o senador. “É muito raro isso acontecer! Estamos vendo o Judiciário reconhecer o dano ocasionado pelo comportamento do representante do Ministério Público. Foi o reconhecimento civil de responsabilidade do Estado”, comemorou Contarato.

O promotor Clóvis Barbosa Figueira já havia sido penalizado administrativamente a cinco dias de suspensão pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) em processo movido também por Contarato pelo mesmo motivo.

De acordo com o senador, no processo de adoção de seu filho, o promotor estadual, além de resistir ao andamento do caso, alegou que não haveria “autorização legal para que um ser humano venha a ter dois pais, como pretendido, ou, pior ainda, duas mães”. “Não queremos nem um direito nem a mais, nem a menos. Queremos apenas ser respeitados como todas as pessoas o são. Queremos apenas o direito de viver, ter uma família”, afirmou Contarato ao Congresso em Foco. O senador e Rodrigo são pais de um menino, Gabriel, e de uma menina, Mariana.

- BKDR -
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ESTUDOS SOBRE ADOÇÃO DE CRIANÇAS POR CASAIS LGBTQIA+

Um estudo conduzido pela Associação Internacional de Psicologia revelou que crianças adotadas por casais LGBTQIA+ apresentam níveis saudáveis de desenvolvimento emocional, social e acadêmico. Os lares formados por esses casais são frequentemente caracterizados por relações afetivas estáveis, onde os valores de respeito à diversidade, aceitação e igualdade são enfatizados desde cedo.

A Dra. Maria Silva, psicóloga especializada em desenvolvimento infantil, destaca: “O mais importante para o crescimento saudável de uma criança é o ambiente de amor e cuidado que ela recebe. Casais LGBTQIA+ muitas vezes passam por um processo de adoção mais rigoroso, o que reforça o comprometimento com a parentalidade responsável.”

Uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Estudos Familiares descobriu que os filhos adotivos de casais LGBTQIA+ frequentemente desenvolvem vínculos fortes com seus pais, caracterizados pela comunicação aberta e pela capacidade de enfrentar desafios de forma resiliente. Esses vínculos são essenciais para a construção de uma base emocional sólida, que auxilia no enfrentamento das adversidades ao longo da vida.

O pesquisador Dr. André Santos observa: “As famílias LGBTQIA+ muitas vezes têm experiências de superação e apoio mútuo que enriquecem o ambiente de crescimento das crianças. Isso contribui para a formação de indivíduos confiantes e empáticos.”

Apesar dos avanços sociais, ainda há desafios a serem enfrentados por casais LGBTQIA+ que desejam adotar. Um estudo da Universidade Nacional de Educação constatou que crianças adotadas por esses casais podem enfrentar situações de discriminação ou preconceito, porém, a maneira como os pais lidam com essas situações influencia diretamente o bem-estar da criança.

A professora Ana Oliveira, especialista em estudos de gênero, ressalta: “A maneira como os pais LGBTQIA+ enfrentam o preconceito pode ser uma oportunidade de ensino valiosa para seus filhos. A empatia e a resiliência são valores que podem ser transmitidos de maneira poderosa.”




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