O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou Guilherme Henrique Neles Silva, autointitulado “garçom reaça”, por publicar em seu perfil no Twitter comentários transfóbicos que tiveram entre suas vítimas a vereadora Erika Hilton (PSOL-SP) a covereadora Carolina Iara (PSOL-SP). As informações são do Estadão.
A acusação é feita contra Silva é subscrita pela promotora Maria Fernanda Balsalobre Pinto, integrante do Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi). De acordo com a denúncia, o homem “praticou e induziu a discriminação e preconceito de raça” e, em um dos comentários, ofendeu a dignidade de Erika ao negar o gênero feminino à mulheres transexuais, ao utilizar elemento de transfobia.
“A violência contra parlamentares negras e trans, como a praticada pelo agressor contra mim em diversas oportunidades nas redes sociais, inclusive dizendo que sabia onde eu morava, não pode mais ser naturalizada e deixada de lado”, escreveu a vereadora Erika em nota.

No início deste ano, ela registrou um boletim de ocorrência após ser procurada em seu gabinete por um homem autodenominado “garçom reaça”. No episódio ele portava símbolos cristãos e entregou à equipe da vereadora um carta em que dizia ser uma das pessoas que atacou a vereadora no último ano.
“Esse mesmo senhor, já no início de Janeiro, tentou invadir meu gabinete e foi diversas vezes à Câmara atrás de mim e de minhas assessorias. Vejo a denúncia feita pelo Ministério Público como essencial para que sirva de exemplo e não se repita”, concluiu Erika em nota.
Já com relação à Carolina, o MP-SP diz que o acusado “divulgou” a condição de portadora do HIV da parlamentar “como forma de ofender-lhe a dignidade”. O comentário sobre a covereadora se deu dias após a parlamentar sofrer um atentado a tiros em sua casa e registrar um boletim de ocorrência.
Junto da denúncia, o MP entregou à Justiça de São Paulo um pedido para que as publicações transfóbicas feitas por Silva, o “garçom reaça”, sejam removidas do Twitter e destaca que “o discurso de ódio não encontra amparo na liberdade constitucional de expressão ou liberdade religiosa.’

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